Na manhã dessa sexta-feira (10.11), um supermercado, situado no bairro Altos da Glória, em Cuiabá, foi flagrado pela segunda vez neste ano, com alteração no medidor de energia elétrica. A fraude foi detectada em uma ação da Concessionária Energisa com a Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso, Polícia Militar, Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).
Conforme assessoria da concessionária, na última terça-feira (07), um empresário foi preso, após inspeção realizada em um garimpo no município de Pontes e Lacerda (a 443 km de Cuiabá). As equipes técnicas identificaram dois transformadores ligados diretamente na rede para a extração do minério.
De acordo com o gerente de combate a perdas da Energisa Mato Grosso, Luciano Lima, a estimativa é que, só em imposto, nesses dois casos mais de R$100 mil deixaram de ser pagos no último ano. Luciano salientou a importância de a população em denunciar quando há suspeita de fraude. O gerente disse que mais de 260 unidades foram regularizadas esse ano só pelas denúncias feitas nos nossos canais.
Conforme dados levantados pelo gerente de combate a perdas da Energisa, nos últimos 12 meses, mais de 639 mil MWh foram furtados em Mato Grosso. Segundo ele, esse valor daria para abastecer as cidades de Várzea Grande e Chapada dos Guimarães por 14 meses.
“O furto de energia, conhecido como “gato”, impacta na qualidade do fornecimento, pois sobrecarrega o sistema elétrico da região. Além de poder, gerar curtos-circuitos e até mesmo incêndios nas regiões”, frisou ele.
Luciano explicou que a empresa faz um estudo das redes para estarem cada vez mais robustas para atender os clientes. Porém, quando uma pessoa está ligada clandestinamente ou está desviando, ou fraudando o consumo, impacta diretamente nessas análises. “A gente tem casos de indústrias ligadas diretamente na rede. Esse impacto é muito grande para toda a estrutura, pois são consumos altos e que não estão regularizados. Em parceria com as forças de segurança do estado, nós estamos monitorando e indo um a um para regularizar. A fraude de energia é crime e o custo vai para os consumidores honestos”, ponderou Luciano.
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