Em Várzea Grande, alunos das Escolas Irene Gomes (bairro Figueirinha), Professora Elizabeth Maria Bastos Mineiro (Jardim Eldorado) e Escola Benedita (bairro Nova Esperança) não conseguem frequentar aulas por serem recusados pelo transporte escolar em Várzea Grande.
Ao , a moradora do bairro Jardim Guanabara e mãe de uma aluna do ensino médio — 2.º ano — da Escola Estadual Irene Gomes, Claudinete da Silva Gonçalves, relatou que o transporte escolar, conforme informado pela direção da escola será destinado somente aos alunos da zona rural, porém, sua filha foi transferida para a única escola mais próxima que fica na zona urbana.
Ela também reclamou que mesmo optando pelo transporte público — o bairro não tem linha de ônibus —, ou seja, os alunos não têm como frequentar as aulas que já começaram há duas semanas. “Estamos muitos tristes, vendo os filhos da gente ser humilhados”
“Tive que pagar Uber hoje para ir à escola. Ela não quer ficar em casa, quer ir. Em nossa localidade não passa ônibus de linha, como eles vão pegar? Em nossa comunidade não tem escola, na passagem não tem ensino médio e só no Irene tem. Há quatro anos nossos filhos pegam ônibus escolar normalmente, só este ano, que está essa palhaçada, não sei o que está acontecendo. Se tivesse ônibus faríamos a carteirinha pagaria a metade, mas não tem nem ônibus.”
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A mãe relatou ainda, que para a filha pegar o transporte coletivo precisa andar dois quilômetros a pé para chegar ao Trevo da Guarita. Ela também cogitou comprar uma bicicleta, mas teme colocar a vida da filha em risco em razão da grande movimentação no trânsito na avenida. “Moramos no Jardim Guanabara e eu trabalho, não tenho como levar. Tem mais crianças nessa situação, somos pobres e não temos carros, não temos condições para comprar bicicleta para eles irem nesse trânsito da Mário Andreazza é um risco”, reclamou.
A presidente do Jardim Guanabara, Geizianne Silva, relatou as dificuldades dos estudantes do bairro que estudam no Irene Gomes e na Escola Benedita situada no bairro Nova Esperança. Ela considerou que o bairro fica na zona rural por não ter transporte coletivo: “Os alunos já são atendidos há mais de cinco anos, porque o bairro não tem linha de ônibus da União Transportes, então, os alunos vão para a escola com ônibus escolar. A Prefeitura e o governador tiraram a linha de ônibus das crianças e não temos mais escolar”, desabafou.
O recebeu várias reclamações de pais que moram no Residencial São Benedito, em Várzea Grande e tem filhos que estudam na Escola Estadual Professora Elizabeth Maria Bastos Mineiro, situada no bairro Jardim Eldorado.
“Não foram à escola, pois a Prefeitura não liberou ônibus. Os alunos têm duas semanas sem irem à Escola. Somos os últimos do bairro ao lado do Formigueiro zona rural. São quatro anos vivendo isso, viemos para cá, não tem escola perto, tudo é longe e não querem liberar ônibus. Os alunos precisam passar pela rodovia dos Imigrantes, onde passam muitas carretas e caminhões, não pára no sinal, um perigo às crianças”, reclamou Joana Campos.
Outro lado — A assessoria informou que a Secretaria de Educação, Cultura, Esporte e Lazer está regularizando o transporte de alunos da rede municipal — observando todos os casos e adequando a necessidade de cada região conforme Instrução Normativa Estadual n.º 01/2016.
"De acordo com a normativa, se o estudante reside a mais de 2 km do local da escola, deverá verificar se existem outras escolas mais próximas. Se não houver outra escola mais próxima da residência, a unidade escolar deverá encaminhar o nome do aluno à Secretaria para o cadastro. É necessário para o cadastro a apresentação dos documentos do aluno juntamente com a autorização dos pais. Após esse procedimento a Secretaria emite uma carteira para que o aluno tenha acesso ao ônibus escolar", cita trecho da nota.
A Secretaria de Educação, Cultura, Esporte e Lazer de Várzea Grande informou também, que está realizando o transporte de alunos da rede estadual, mediante ao estudo de cada caso e o encaminhamento da demanda através do DRE. "A Secretaria informa ainda que o transporte escolar está sendo realizado observando todos os protocolos de biossegurança para evitar o contágio do novo coronavírus que proíbe a super lotação dos ônibus escolares."
Já a Secretaria de Educação do Estado ficou de enviar nota à redação do , mas até o fechamento não houve retorno.
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