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Cidades Sábado, 16 de Maio de 2020, 08:57 - A | A

Sábado, 16 de Maio de 2020, 08h:57 - A | A

promessa da Copa de 2014

A saga do VLT continua... até quando?

Sarah Mendes/VG Notícias

E lá se foram seis anos desde a Copa do Mundo de 2014. Seis anos que as obras do tão sonhado Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) estão paralisadas. Seis anos que várzea-grandenses e cuiabanos estão desacreditados que algum dia irão utilizar o modal como transporte.

O VLT, que um dia trouxe a esperança de um meio de transporte melhor para os moradores da baixada cuiabana, hoje pode ser considerado até mesmo motivo de vergonha, devido às profundas cicatrizes que foram deixadas nas avenidas do CPA e Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá e na avenida da FEB, em Várzea Grande.

Ao custo inicial de R$ 1,4 bilhão, até o momento em que teve suas obras paralisadas, o modal já havia consumido mais de R$ 1 bilhão dos cofres públicos. A previsão era que o VLT os trilhos do VLT tivessem 22 km de extensão, 40 composições e 280 vagões. De acordo com o projeto, cada composição tem capacidade para transportar até 400 passageiros, sendo 72 sentados.

No entanto, o que temos hoje está bem longe desse resultado: apenas seis quilômetros de trilhos, que estão se deteriorando juntamente com os vagões que estão estacionados no Centro de Controle Operacional e Manutenção, localizado em Várzea Grande.

Caso não houvesse a promessa do modal e o valor gasto com o sonhado VLT tivesse sido investido em outras áreas, como a educação, com o mesmo valor gasto até o momento, teria sido possível a construção de aproximadamente 192 escolas estaduais de grande porte, com investimento de R$ 5,2 milhões e que beneficiaria cerca de 1,6 mil alunos cada. É importante ressaltar que, neste caso, como base de cálculo foram considerados dados do próprio Governo do Estado.

Ainda hoje o VLT divide opiniões acerca de sua conclusão. No entanto, uma coisa é certa: considerando o atual estado dos trilhos e vagões do modal, o custo para concluir as obras e entregar o VLT à população pesaria ainda mais nos cofres públicos.

Em novembro do ano passado o Governo do Estado contratou a empresa paulista Oficina Engenheiros e Construtores Associados Ltda aos custos de R$ 464.393,42, para viabilizar um estudo sobre a viabilidade econômica do VLT. Além disso, o governador Mauro Mendes (DEM) garantiu um desfecho sobre o modal ainda durante seu mandato. No entanto, até o momento, o que ficou para o povo da baixada cuiabana foram apenas sonhos distantes, feridas abertas, dinheiro jogado fora, vagões se deteriorando e trilhos enferrujados.

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