por Edina Araújo*
Vivemos em tempos em que a internet, que deveria ser um espaço destinado à democratização da informação e à conexão entre pessoas, tornou-se também palco para a disseminação de mentiras, acusações infundadas e ofensas. É triste constatar como as fake news, alimentadas pela irresponsabilidade de quem não verifica a veracidade das informações, podem devastar vidas, arruinar reputações e destruir relações.
Muitas vezes, quem compartilha uma informação falsa sequer percebe o impacto de suas ações. Sem pensar nas consequências, clicam no botão “compartilhar” e ampliam o alcance de mentiras que podem causar feridas profundas. Não são raros os casos de pessoas que perderam empregos, relacionamentos e até a paz mental devido a essas campanhas de desinformação. A internet não deve ser tratada como uma terra sem lei; cada um de nós tem responsabilidade sobre aquilo que divulga.
Outro problema que cresce a passos largos é a polarização política. A divergência de opiniões — algo natural e até saudável em uma sociedade democrática — tornou-se motivo para ataques. Vivemos em uma época em que discordar significa, para muitos, ser rotulado: “Você é petista”, “Você é esquerdista” ou “Você é bolsominion”. Essa simplificação das identidades políticas é perigosa, pois impede o diálogo e alimenta preconceitos.
Com essa polarização, o pior das pessoas tem emergido. O respeito pelas opiniões alheias parece ter sido substituído pela agressão verbal, pela falta de empatia e pelo prazer de ver o outro “perder” o debate, como se fosse uma competição. As redes sociais, que deveriam aproximar as pessoas, muitas vezes acabam por afastá-las, fomentando inimizades e intensificando a violência.
É hora de respirarmos antes de atacar, de refletirmos antes de ofender. Será que vale a pena destruir relacionamentos e criar inimizades por conta de políticos? Afinal, os políticos passam, mas as feridas deixadas por brigas entre amigos e familiares podem durar uma vida inteira. O mais irônico é que muitos desses políticos, defendidos com tanto fervor, seguem apenas os seus próprios interesses, nem sempre os da sociedade.
*Edina Araújo, jornalista e diretora do Portal VGNOTICIAS
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