Preso há um mês no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), o conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Waldir Teis irá cumprir prisão domiciliar, por deteminação do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Tófolli, que concedeu liminar num pedido de Habeas Corpus (HC) na noite dessa sexta-feira (31.07). Teis aguarda o Alvará de Soltura, que seu advogado Rodrigo de Bittencourt Mudrovitsch está providenciado, mas até o momento não foi expedido pelo plantão da Justiça Federal.
Tofolli concedeu a liminar, porém, na próxima semana, o pedido de liberdade deve ser encaminhado e apreciado pela 2ª Turma Recursal do STF, que tem como presidente a ministra Cármen Lúcia e membros, os ministros, Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Edson Fachin. A Segunda Turma irá decidir se mantém a liberdade de Waldir Teis ou impõe medidas cautelares restitivas ou não.
O conselheiro afastado foi preso há um mês (01.07) pela Polícia Federal, por obstrução de Justiça. Ele foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF), por tentar esconder cheques em branco durante busca e apreensão em seu escritório, em Cuiabá, durante a 16ª fase da Ararath, denominada de “Operação Gerion”.
De acordo com o MPF, em 17 de junho, cumprindo as medidas cautelares autorizadas pelo STJ, policiais federais e membros do MPF estiveram em 19 endereços ligados aos investigados da Operação Ararath.
Durante as buscas no escritório do conselheiro, a Polícia Federal o flagrou tentando destruir cheques assinados em branco e canhotos de cheques - jogando-os na lixeira do prédio, depois de descer correndo 16 andares de escada.
A investigação apontou que a Polícia Federal e o Ministério Público Federal identificaram que os cheques são de empresas ligadas à organização criminosa da qual o conselheiro é suspeito de integrar.
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