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VGNJUR Quarta-feira, 26 de Maio de 2021, 10:15 - A | A

Quarta-feira, 26 de Maio de 2021, 10h:15 - A | A

presidente do TRE

Presidente do TRE diz que “voto auditado” pode ampliar tempo de votação e custar mais de R$ 2,5 bilhões

Ele ainda pediu “consciência aos eleitores na hora de votar” nas eleições suplementares nos municípios de Acorizal, Torixoréu e Matupá

Lucione Nazareth/VGN

VGN

VGN_presidente do TRE

 Ele ainda pediu “consciência aos eleitores na hora de votar” nas eleições suplementares nos municípios de Acorizal, Torixoréu e Matupá

 

O presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MT), desembargador Carlos Alberto Alves da Rocha, disse nesta quarta-feira (26.05), em entrevista ao VGN, que uma possível mudança na forma de votação, de urnas eletrônicas para voto impresso, pode custar mais de R$ 2,5 bilhões.

Ele ainda pediu “consciência aos eleitores na hora de votar” nos pleitos suplementares a serem realizados nos municípios de Acorizal, Torixoréu e Matupá.

Foi criado na Câmara dos Deputados, a pedido do presidente Arthur Lira (PP-AL), uma Comissão Especial para discutir a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que obriga o voto impresso. A proposta é de autoria da deputada federal Bia Kicis (PSL-DF). O modelo não é propriamente dito o retorno das cédulas de papel, e sim uma forma híbrida, com voto na própria urna eletrônica. A diferença é que após cada voto se confirmado, ele seria impresso para uma segunda verificação do eleitor e então depositado em uma urna física – seria uma forma de auditar os votos.

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Sobre o tema, o magistrado disse que cabe a ele respeitar qualquer decisão do Congresso Nacional, mas que os parlamentares têm que se atentarem aos problemas que o novo modelo de votação pode causar, assim como o custo que pode ultrapassar R$ 2,5 bilhões.

“Estou como presidente do TRE/MT e cabe a mim respeitar qualquer decisão do Congresso. Mas, eles têm de levar em consideração os problemas para mudança, como por exemplo o tempo de votação que será ampliado e os custos operacionais”, disse o desembargador.

Carlos Alberto apontou que não vê qualquer dificuldade para que o novo modelo de votação seja usado já nas eleições de 2022, caso a proposta seja aprovada pelo Congresso. A questão, segundo ele, ainda não está sendo debatida na Justiça Eleitoral.

“Acho que existe tempo para aprovar a proposta. Os equipamentos como as impressoras estão aí no mercado, fácil aquisição. O que tem que ver seria o engajamento da urna com a impressora. Mas, se for aprovado e entrar em vigor nós temos que dar um jeito. Não podemos descumprir a lei de forma alguma”, declarou.

Apesar disso, ele defendeu a urna eletrônica e afirmou que o sistema é seguro. “O TSE já demonstrou a segurança das urnas eletrônicas. Elas são confiáveis, mas são as fakes news que põe em xeque o sistema. Sabemos que essas publicações falsas têm forte influência e são usadas para atrapalhar na confiabilidade da urna eletrônica”, destacou.

Eleições Suplementares

O presidente da Corte Eleitoral ainda falou sobre as eleições suplementares que serão realizadas em 1º de agosto nos municípios de Acorizal, Torixoréu e Matupá. Ele afirmou que para a realização dos pleitos serão adotados todos os cuidados sanitários necessários por parte da Justiça Eleitoral, seguindo todos os protocolos de Saúde.

O magistrado ainda pediu “consciência aos eleitores na hora de votar” para que não ocorra novo cancelamento das eleições nestas cidades.

“Foram nulas. Incidiram em alguns erros. Um município de um fato, e outros de outros erros. Mas, houve motivo para anulação das eleições. Então que a população e os políticos destes municípios garantam a lisura. Preservem aquilo que está na Constituição e nas leis. O eleitor não pode se deixar enganar nas vésperas da eleição. Ele tem que ver os candidatos. Eu posso ter um amigo, mas ele não é o ideal para ocupar o cargo, agora irei votar nele só por ser meu amigo. Nós temos que pensar nisso! Tenham consciência do voto. Temos que analisar cada candidato”, finalizou.

 
 

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