Uma menina de 8 anos, morreu após ser espancada com golpes de madeira pelo próprio pai, W.C.S.N, 28 anos em Vitória, Espírito Santo na noite da última sexta-feira (11.04). A motivação seria que a menina havia recebido um bilhete da escola por não ter feito o dever de casa.
Segundo a Polícia Militar, o homem confessou que levou a filha para o quarto e a agrediu violentamente, com socos e com um pedaço de madeira, atingindo especialmente a cabeça e as costelas. A criança passou a ter dificuldades respiratórias e foi levada desacordada ao Pronto Atendimento de Alto Lage, mas já chegou à unidade sem vida.
Além da violência física, o crime revela um contexto de descaso e negligência. Um dia antes da morte, o pai já havia agredido a menina por supostamente "bagunçar" a casa e usar "palavrões". A madrasta, que estava presente durante as agressões, afirmou à polícia que não interveio por medo do companheiro.
Testemunhas relataram à polícia o momento em que o homem deixou o prédio com a filha desacordada nos braços. "Ele desceu correndo as escadas com a menina mole no colo. A esposa dele dizia que precisavam socorrê-la. Os vizinhos perguntaram o que estava acontecendo, mas ele só dizia que a menina estava passando mal", relatou uma vizinha.
Ana Victória vivia com o pai havia apenas três meses. O Conselho Tutelar informou que a mãe da criança reside em Minas Gerais e possui histórico de envolvimento com drogas. Na casa, os conselheiros encontraram o irmão gêmeo da vítima, que foi resgatado e levado a um abrigo. Também foi encontrado um receituário médico com diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e autismo, indicando que a criança exigia cuidados especiais.
O pai foi autuado em flagrante por homicídio qualificado contra menor de 14 anos, com agravante por ser o responsável legal da vítima. Ele foi encaminhado ao Centro de Triagem de Viana (CTV), enquanto a madrasta foi ouvida e liberada, por falta de elementos para prisão em flagrante.
O corpo da menina foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para necropsia. Até o sábado (12), a mãe da vítima ainda não havia sido localizada. A avó paterna se deslocou de Minas Gerais para fazer a liberação do corpo.(Com inofrmações do G1)
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