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VGNE Quarta-feira, 09 de Abril de 2025, 11:07 - A | A

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Veja vídeo

Alunas de medicina ironizam paciente transplantada com vídeo no TikTok e são denunciadas

A família registrou um boletim de ocorrência e acionou o Ministério Público

Redação/VGN

A família de Vitória Chaves da Silva, 26 anos, denunciou duas estudantes de medicina por violação ética e exposição indevida do histórico clínico da jovem, que morreu em fevereiro deste ano após passar por três transplantes de coração e um de rim. O caso, que aconteceu no Instituto do Coração (Incor), em São Paulo, ganhou repercussão após as alunas publicarem um vídeo no TikTok ironizando a paciente e sugerindo que a falha em um dos procedimentos teria sido consequência da não adesão ao tratamento médico.

De acordo com inofomações do site G1, o conteúdo foi publicado no dia 17 de fevereiro, nove dias antes da morte de Vitória, e chegou ao conhecimento da família apenas no final de março, por meio de um amigo da jovem que reside na Holanda. No vídeo, que já foi removido das redes sociais, Gabrielli Farias de Souza e Thaís Caldeiras Soares Foffano comentam, em tom de surpresa e deboche, o caso de uma paciente que teria recebido três corações e um rim, alegando que uma das rejeições teria ocorrido por descuido da própria paciente com a medicação.

“Essa menina está achando que tem sete vidas”, diz uma das estudantes no vídeo. “A segunda vez ela transplantou e não tomou os remédios que deveria tomar”, afirmou a outra.

A irmã de Vitória, Giovana Chaves, contesta a versão apresentada no vídeo. Segundo ela, o segundo transplante não teve sucesso por conta de uma doença do enxerto, uma condição conhecida por afetar órgãos transplantados, e não por negligência da paciente. "Temos o testemunho da médica que cuidou da minha irmã por 22 anos. Essas estudantes nunca chegaram a vê-la, ficaram só um mês em curso de extensão e expuseram algo que não sabiam", disse Giovana ao g1.

Diante da dor e da indignação, a família registrou um boletim de ocorrência e acionou o Ministério Público de São Paulo. Além disso, buscaram diálogo com o Incor e com as instituições de ensino das alunas, cobrando uma retratação pública.

Em nota, a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), responsável pelo Incor, afirmou que as alunas não têm vínculo acadêmico com a universidade, apenas participaram de um curso de extensão de curta duração. A instituição repudiou o episódio e comunicou que as faculdades de origem das estudantes foram notificadas. A FMUSP declarou ainda que reforçará as diretrizes éticas junto a participantes de seus programas, inclusive exigindo termo de compromisso com os valores institucionais.

O caso foi encaminhado ao 4º Promotor de Justiça de Direitos Humanos da capital paulista, que analisa as medidas cabíveis. (Com informações do G1)

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