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VGNE Terça-feira, 21 de Janeiro de 2025, 09:25 - A | A

Terça-feira, 21 de Janeiro de 2025, 09h:25 - A | A

Veja vídeo

Paciente em surto é baleado e morre após fazer enfermeira refém em hospital

A ação ocorreu durante a tentativa da vítima de se desvencilhar do agressor

Redação/VGN

Luiz Cláudio Dias, de 59 anos, morreu após ser baleado durante uma ação da Polícia Militar (PM), em Morrinhos, no sul de Goiás, no último sábado (18.01). Ele estava internado há três dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Municipal do Morrinhos para tratamento renal e sofreu um surto psicótico, fazendo uma enfermeira refém com um pedaço de vidro quebrado.

De acordo com o tenente-coronel Werik Ramos, comandante do 36º Batalhão da PM, o disparo que atingiu o paciente no abdômen foi feito com a intenção de imobilizá-lo, mirando as pernas. No entanto, Luiz Cláudio se curvou no momento do disparo, o que resultou na perfuração do abdômen. “O policial tentou realizar o disparo nos membros inferiores, mas ele se encurvou. Foi justamente nesse momento que o tiro acertou a região lateral do abdômen”, explicou o comandante à TV Anhanguera.

A ação ocorreu durante a tentativa da vítima de se desvencilhar do agressor. Um vídeo do momento mostra a enfermeira afastando o braço de Luiz Cláudio antes de cair, enquanto ele se aproximava novamente. Nesse instante, o policial efetuou o disparo.

Luiz Cláudio foi imediatamente socorrido pela equipe médica do hospital, mas não resistiu aos ferimentos. O delegado Fabiano Jacomeli informou ao G1, que a Polícia Civil aguarda a análise pericial e o laudo cadavérico para concluir a investigação. Testemunhas já foram ouvidas, e um procedimento administrativo foi instaurado pela PM para apurar os fatos.

A família do paciente classificou o ocorrido como uma execução cruel. Em uma carta pública, os parentes questionaram a ação da equipe de saúde e da PM. “Mesmo fisicamente enfraquecido, foi pisoteado e executado à queima-roupa por dois policiais, de forma desproporcional, cruel e absolutamente inadmissível”, diz o documento.

Luiz Henrique Dias, filho de Luiz Cláudio, manifestou sua indignação nas redes sociais. Ele relatou ter tomado conhecimento da morte do pai por vídeos que circularam entre moradores da cidade antes mesmo de ser informado oficialmente. “A dor é grande, mas Deus vai fazer justiça. A polícia matou meu pai dentro de uma UTI, um paciente com hipoglicemia, com menos de 60 kg, fragilizado”, desabafou.

Em nota, a Prefeitura de Morrinhos lamentou o ocorrido e declarou estar à disposição para esclarecer os fatos. Já a PM informou que seguiu protocolos de gerenciamento de crises para proteger a vítima, mas que a situação exigiu uma medida extrema. O prefeito de Morrinhos, Maycllyn Carreiro (PL), destacou que surtos psicóticos em pacientes internados em UTIs não são incomuns, mas classificou o caso como atípico e trágico.

Segundo o prefeito, Luiz Cláudio arrancou os equipamentos médicos, quebrou o vidro do banheiro e surpreendeu a enfermeira, que tentava sair do local. “Os profissionais tentaram dialogar com ele, mas não conseguiram. Foi então que a PM foi chamada”, relatou. (Fonte: G1)

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