O engenheiro civil João Fantazzini revelou ao Fantástico detalhes sobre a morte de seu golden retriever, o Joca, de cinco anos. O episódio foi transmitido nesse domingo (28.04). Fantazzini compartilhou a angústia ao descobrir a morte de seu companheiro de quatro patas. A suspeita é de que Joca teria sofrido uma parada cardiorrespiratória em decorrência do calor excessivo.
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Imagens exclusivas obtidas pelo programa revelaram os últimos momentos de Joca antes de sua morte. No vídeo, Joca é visto sendo transferido de um avião para outro em Fortaleza, no Ceará, enquanto um funcionário da companhia aérea assegura que ele está bem e recebendo água.
“Depois, o Renato - eu não sei quem é esse Renato - começou a mandar fotos para mim, falando que a companhia recebeu o Joca em Fortaleza, que ele estava bem e estava recebendo água”, explicou João.
Nas imagens, é possível ver uma pessoa interagindo com Joca dentro da caixa. “Pronto, ó. Cachorrinho tranquilo, tem água. Menino do papai, bebê. Está tranquilinho, bonitinho. Está bom? Vai retornar lá para Guarulhos”, contou um funcionário que aparece no vídeo momentos antes de Joca embarcar de volta a Guarulhos.
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Fantazzini também mencionou a falta de cuidado da companhia aérea, citando problemas na identificação da caixa de transporte, que continha etiquetas de outros animais e não tinha nenhuma referência ao nome de Joca. “Quando a caixa chegou com ele, viram que tinha etiquetas de outras cidades na caixa, para um cachorro de 13 quilos que não era do Joca”, explicou.
Ao Fantástico, o delegado Antônio Carlos Desgualdo, de Guarulhos, expressou surpresa com a atenção intensa dada ao caso, indicando que é a primeira vez que se depara com uma situação desse tipo. Ele também refletiu sobre a mudança na percepção dos animais, saindo de uma visão em que eram vistos apenas como objetos ou propriedades para serem considerados com mais cuidado e atenção.
A polícia em Fortaleza já ouviu informalmente cinco testemunhas. O delegado Wilson Camelo explicou que o animal ficou cerca de 40 minutos em solo cearense antes do embarque para São Paulo.
A investigação busca esclarecer se o animal foi retirado da caixa em algum momento durante esse período. O delegado confirmou que o cachorro estava vivo quando foi colocado no avião com destino a São Paulo.
A veterinária Rita Ericson ressaltou a importância de um controle preciso de temperatura e a presença de um acompanhante humano durante o transporte de animais vivos. “O ideal realmente seria a gente ter um controle de climatização ou até mesmo um termômetro dentro da caixa. E no mundo ideal, a gente teria um ser humano o tempo inteiro acompanhando a carga viva, porque podem ter variações, tanto de temperatura como de comportamento”, explicou a veterinária.
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