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VGNE Quinta-feira, 04 de Julho de 2024, 08:03 - A | A

Quinta-feira, 04 de Julho de 2024, 08h:03 - A | A

investigação

Caso Joca: Golden Retriever morreu em voo da Gol por choque cardiogênico, aponta laudo

A viagem, planejada para durar cerca de 2 horas e meia, transformou-se em um trajeto de quase 8 horas

Redação/VGN

Um laudo da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (USP) revelou que a causa da morte do Golden Retriever Joca, de 5 anos, foi choque cardiogênico, decorrente de um erro no serviço de transporte de animais da companhia aérea Gol. O relatório detalha que a condição, caracterizada pela incapacidade do coração em bombear sangue adequadamente para os órgãos, foi precipitada por hipertermia (aumento da temperatura corporal) e desidratação severa.

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Joca embarcaria em um voo de Guarulhos (SP) para Sinop (MT) no dia 22 de abril deste ano, junto com seu tutor, João Fantazzini Júnior. A viagem, planejada para durar cerca de 2 horas e meia, transformou-se em um trajeto de quase 8 horas após o animal ser erroneamente enviado para Fortaleza (CE). Uma testemunha revelou que a caixa transportadora de Joca estava solta no porão de bagagens, almentando o estresse e o desconforto do cão durante o voo.

O laudo oficial, solicitado pela Polícia Civil e obtido pela TV Globo, não apenas confirmou o choque cardiogênico como causa da morte, mas também identificou alterações cardíacas em Joca. A veterinária Fátima Martins, que analisou o documento, explicou que a hipertermia e a desidratação severa levaram à falência cardíaca do animal.

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“O estresse já poderia ter sido fatal para Joca. Mas o estresse combinado com a desidratação severa e as comorbidades cardíacas preexistentes, embora não fossem limitantes, culminaram em um choque cardiogênico fatal,” afirmou Martins. “A morte foi provocada pela hipertermia, exacerbada pela desidratação.”

O advogado de João Fantazzini Júnior, Marcello Primo Muccio, argumenta que o estresse e o calor foram os principais fatores para o choque cardiogênico que vitimou Joca. “Ele foi transportado de São Paulo a Fortaleza em uma caixa solta e sem qualquer equipamento de segurança. Esperamos que a conclusão do laudo leve à identificação dos responsáveis pelos maus-tratos,” declarou Muccio.

O veterinário que acompanhava o caso havia emitido um atestado indicando que Joca estava apto para suportar uma viagem de até 2 horas e meia, o que torna o erro e o prolongamento do voo ainda mais fatal.

A Polícia Civil continua a investigação para identificar os responsáveis e determinar as circunstâncias exatas que levaram à morte de Joca. (Com G1)

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