O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, entregou nessa quarta-feira (25.10), o posicionamento do setor para a 28ª Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP 28).
João Martins, que comanda CNA, com a missão de fortalecer os produtores rurais brasileiros, destacou a importância da agropecuária brasileira nas negociações sobre o 'Acordo do Clima' e como o agro pode contribuir com a redução das emissões de gases de efeito estufa e garantir segurança climática, alimentar e energética. Ele avalia que o compromisso do setor garante eficiência produtiva do agro, baseada na inovação, na ciência, na tecnologia, na preservação e na sustentabilidade. "Buscando ações de reconhecimento e incentivo compatíveis com a grandeza do agro brasileiro."
O documento foi entregue ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, ao embaixador extraordinário para Mudanças Climáticas do Ministério das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, à secretária nacional de Mudanças Climáticas do Ministério do meio Ambiente, Ana Toni, ao presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Pedro Lupion, e à senadora Tereza Cristina.
Consta entre os compromissos, apoio ao combate ao desmatamento ilegal e no fortalecimento de políticas de desenvolvimento regional, por meio de mecanismos de financiamento previstos na convenção.
Consta do documento, que é relevante considerar que o Brasil estará no centro das discussões multilaterais nos próximos anos. Segundo o presidente da CNA, o documento oferece visão clara dos temas relevantes ao setor, abordando o racional do Acordo de Paris, o multilateralismo climático e o estágio atual das negociações.
“Como país-presidente do G20, do Conselho de Segurança das Nações Unidas e sede da COP30, é estratégico que o Brasil defina seu plano de implementação da NDC em 2024, partindo dos planos setoriais e do aperfeiçoamento da Política Nacional de Mudanças do Clima. Somente assim será possível planejar e atualizar a NDC em 2025, atentando-se para o timing adequado para que o Brasil, sediando a COP30, demonstra o alcance das suas metas e renove seus compromissos vis-à-vis às NDCs das outras Partes, que deverão compor uma nova fase – espera-se que mais ambiciosa – de ações globais diante do Acordo de Paris”, cita trecho do documento.