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VGN AGRO Terça-feira, 12 de Novembro de 2024, 09:10 - A | A

Terça-feira, 12 de Novembro de 2024, 09h:10 - A | A

Recorde no Abate

Preço da carne bovina em MT segue em alta devido à alta demanda de exportações

O preço do boi gordo registrou um aumento de 1,78% na última semana

Redação/VGN

O mercado bovino em Mato Grosso vem apresentando um novo panorama de preços, impulsionado pela alta demanda interna por carne. O preço do boi gordo a prazo registrou um aumento de 1,78% na última semana, atingindo R$ 307,27/@. Esse reajuste reflete o fortalecimento da procura pela proteína vermelha no estado, que tem se mantido resiliente apesar do aumento na oferta de animais, especialmente machos, prontos para o abate.

Em outubro de 2024, o estado registrou o abate de 627,18 mil cabeças de gado, somando 6,24 milhões de cabeças de janeiro até outubro e superando o volume do ano passado. Esse movimento de alta foi particularmente incentivado pela grande quantidade de machos confinados, cujo abate totalizou 402,81 mil cabeças no mês, o segundo maior número da série histórica. Embora a oferta de animais tenha sido robusta, o ritmo elevado de consumo interno compensou, evitando quedas significativas nos preços do boi gordo.

Especialistas apontam que a demanda aquecida no mercado interno é um fator positivo para o setor. A carcaça casada do boi, por exemplo, apresentou um incremento semanal de 4,96%, com o quilo cotado em R$ 22,57, um indicador que também reflete o cenário favorável aos pecuaristas locais. "O aumento na procura por carne bovina mantém a sustentação dos preços e traz confiança para o mercado interno, que tem se mostrado mais vantajoso aos produtores", comentou o analista do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA), Abraão Viana.

Além do crescimento interno, Mato Grosso também bateu recorde nas exportações em outubro, com 79,83 mil toneladas equivalente carcaça (TEC) enviadas ao exterior, acumulando 628,84 mil TEC no ano. A China, que representa 42,20% das exportações, continua como o principal mercado comprador, seguida por Emirados Árabes e Egito. Mesmo com um volume recorde de exportação, a receita não acompanhou o crescimento devido à queda no preço médio da tonelada, registrada em US$ 3.468,20 — 20,60% inferior ao valor obtido em 2022.

Apesar disso, para os pecuaristas, o mercado interno tem sido um alívio em um cenário global incerto. “O mercado doméstico mato-grossense, com preços competitivos e demanda aquecida, trouxe mais estabilidade ao setor. Essa conjuntura possibilita aos produtores uma melhor remuneração, especialmente para quem aposta no confinamento e abate de machos”, destacou Viana.

O IMEA também ressaltou que as escalas de abate permanecem reduzidas, com uma média de 6,79 dias úteis. Segundo o instituto, essa baixa nas escalas indica um mercado dinâmico e ágil, o que favorece a rápida absorção da oferta pelos frigoríficos e, consequentemente, o estímulo de preços.

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