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VGN AGRO Quinta-feira, 12 de Setembro de 2024, 14:15 - A | A

Quinta-feira, 12 de Setembro de 2024, 14h:15 - A | A

relatório imea

Carne bovina em Mato Grosso dispara com valorização e alta nos preços

O preço da carcaça casada do boi apresentou um aumento de 1,85%, sendo comercializada a R$ 16,50/kg, enquanto o boi gordo a prazo registrou um crescimento de 0,37%, atingindo R$ 213,69/@

Redação/VGN

O mercado da carne bovina em Mato Grosso segue em alta, refletindo uma valorização significativa nos preços ao longo das últimas semanas. De acordo com boletim divulgado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), o preço da carcaça casada do boi apresentou um aumento de 1,85%, sendo comercializada a R$ 16,50/kg, enquanto o boi gordo a prazo registrou um crescimento de 0,37%, atingindo R$ 213,69/@.

A China, principal compradora de carne bovina mato-grossense, importou 29,41 mil toneladas equivalentes em carcaça (TEC), representando 44,75% das exportações do estado no mês de agosto. Apesar de uma queda de 24,46 pontos percentuais em relação à média dos últimos três anos, outros mercados internacionais têm compensado essa diminuição, ampliando a base de compradores.

O aumento da procura internacional pela carne bovina mato-grossense é apontado como o principal fator para a elevação dos preços. Segundo o IMEA, a maior participação de outros países no volume exportado trouxe um cenário de consolidação do setor, que se destaca como um dos principais exportadores de proteína vermelha do Brasil. Com a diversificação da base de compradores, Mato Grosso tem se firmado como um dos estados líderes nas exportações de carne bovina, um fator crucial para manter a competitividade no mercado global.

"A valorização que estamos observando reflete a conjuntura favorável de maior procura internacional. A China continua liderando as compras, mas a abertura para novos mercados está sendo fundamental para consolidar o setor", afirmou Abraão Viana, analista do IMEA.

Outro dado relevante do relatório foi a redução de 5,24 pontos percentuais no abate de fêmeas em agosto, em comparação com o mês anterior. Esse movimento pode ser interpretado como uma tentativa dos pecuaristas de preservar o rebanho, especialmente em um momento em que os preços estão em alta. As escalas de abate, que indicam o tempo médio de trabalho nos frigoríficos, caíram 5,97%, ficando em 9,25 dias úteis.

"Com o aumento no preço e a alta procura pela carne bovina, os pecuaristas estão sendo mais seletivos com os animais que enviam para o abate, priorizando os machos, que registraram um volume recorde de 384,28 mil cabeças abatidas", destacou Viana.

O cenário de valorização e alta demanda deve se manter nos próximos meses, especialmente com a aproximação de festas de final de ano, quando o consumo de carne bovina tende a aumentar, tanto no mercado interno quanto externo. Além disso, a expectativa é que novos mercados internacionais continuem buscando a carne de qualidade de Mato Grosso, o que pode manter os preços elevados.

No entanto, há um alerta quanto à necessidade de planejamento por parte dos pecuaristas. “A manutenção desses preços dependerá não apenas da demanda, mas também do cuidado com a oferta de animais para o abate. Um eventual desequilíbrio pode gerar oscilações futuras nos valores”, explicou o analista do IMEA.

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