Condenada pelo assassinato do milionário Renné Senna, a cabeleireira Adriana Ferreira Almeida, conhecida como Viúva da Mega-Sena, sofreu mais uma derrota na Justiça. Ela tentava anular uma sentença que invalidava o testamento de Renné, que a beneficiava. Mas desembargadores da 17ª Câmara Cível negaram, por unanimidade, o recurso e determinaram que Adriana seja multada caso recorra novamente.
A viúva agora só poderá tentar reverter a decisão no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A herança, de mais de R$ 100 milhões, é disputada por Adriana e os 11 irmãos da vítima. Ex-lavrador, Renné foi morto a mando da mulher, pouco depois de ganhar na loteria. Para o desembargador Elton Leme, relator do processo, os embargos de declaração de Adriana “não objetivam sanar eventuais omissões, obscuridades ou contradições mas sim rediscutir o mérito de questões já analisadas pelo Tribunal”. O processo corre em segredo de Justiça.
A vítima foi executada a tiros por dois homens contratados por Adriana, em janeiro de 2007, em Rio Bonito, na Região Metropolitana. De acordo com a sentença que condenou a cabeleireira, Adriana ordenou a morte do marido após ele ter dito que iria a excluí-la do testamento, pois havia descoberto que estava sendo traído.
Adriana foi presa e acabou sendo condenada, em 2016, a 20 anos pelo crime. Atualmente, ela cumpre a pena em um presídio do Rio. O sítio em que o casal vivia antes do crime — um dos bens mais valiosos da herança — está hoje abandonado.
O testamento anulado em fevereiro deste ano pelo TJ foi assinado pelo milionário meses antes do crime e deixava 50% da fortuna para a filha única de Renné e a outra metade para Adriana.
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