Quatro crianças indígenas foram resgatadas com vida nesta sexta-feira, 9, na selva colombiana, 39 dias depois que um avião monomotor em que viajavam caiu. A informação foi confirmada pelas Forças Militares da Colômbia e pelo presidente do país, Gustavo Petro, que publicaram fotos do resgate nas redes socias.
As crianças foram resgatadas por tropas do Exército na fronteira dos departamentos de Caquetá e Guaviare, perto da área onde caiu o avião Cessna 206, que fazia a rota entre Araracuara e a cidade de San José del Guaviare.
"Estão vivos, estão vivos, os encontramos", disse à Reuters uma fonte militar de alto escalão próxima à operação de resgate.
A aeronave, com sete ocupantes, declarou emergência na manhã de 1º de maio, devido a uma aparente falha no motor.
Os três adultos que estavam no avião, incluindo o piloto, morreram, e seus corpos foram encontrados dentro da aeronave. Já um adolescente de 13 anos, duas crianças, de 9 e 4 anos, e um bebê de menos de 1 ano sobreviveram ao impacto.
As informações preliminares das Forças Militares, que coordenaram os esforços de resgate de forma contínua apesar das dificuldades climáticas, indicam que as crianças saíram do avião e começaram a caminhar em busca de ajuda no meio da selva.
Os socorristas, que contaram com o apoio de cães treinados em busca e resgate, encontraram antes da descoberta vestígios de frutas que as crianças comeram para sobreviver, bem como abrigos improvisados feitos de vegetação no meio da selva.
Forças militares e governo confirmam notícia
Nas redes sociais, as Forças Militares da Colômbia divulgaram imagens do resgate. "A união de esforços tornou possível esta alegria para a Colômbia", publicaram no Twitter.
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, também compartilhou a notícia. "Uma alegria para todo o país! Apareceram com vida as quatro crianças que estavam perdidas há 40 dias na selva colombiana", escreveu.
Em maio, o presidente da Colômbia precisou se retratar nas redes sociais depois de ter postado um tuíte afirmando que as crianças tinham sido encontradas.
O tuíte equivocado foi publicado no último dia 17. Um dia depois, 18, o presidente voltou às redes sociais para se desculpar por ter compartilhado informações que não foram confirmadas.
“Sinto muito pelo que aconteceu. As Forças Armadas e as comunidades indígenas continuarão em sua busca incansável para dar ao país a notícia que tanto espera. Neste momento, não há outra prioridade senão avançar com a busca até encontrá-las. A vida das crianças é o mais importante”, ressaltou na época.
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