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Variedades Quarta-feira, 08 de Julho de 2020, 13:58 - A | A

Quarta-feira, 08 de Julho de 2020, 13h:58 - A | A

Revelação

Matheus Nachtergaele diz que saber detalhes da morte de sua mãe o fortaleceu como artista

Gshow

"No dia 21 de abril de 1968 a minha mãe, a poetiza Maria Cecília Nachtergaele, a Cecilinha, a Pingo de Gente, se matou. Era o dia do meu batizado e ela se foi. Deixou atrás de si um bebê que chorava no berço, eu. Um homem imensamente triste, meu pai, e um vestido preto, debruçado sobre uma cadeira de palhinha, que ela havia separado para a cerimônia".

Tomado de emoção e totalmente entregue para contar a história sobre a partida de sua mãe, a poetiza Maria Cecília Nachtergaele - que tirou a própria vida quando ele tinha apenas 3 meses - Matheus Nachtergaele entra em cena para uma apresentação intimista e desconcertante.

Com inúmeros trabalhos no cinema, teatro e TV, aos 52 anos, o paulista coleciona personagens memoráveis, em uma trajetória artística que já rendeu a ele mais de 30 prêmios na carreira. Quem admira seu trabalho, talvez não saiba que sua vida foi marcada, como ele mesmo diz, por uma tragédia familiar. Foi aos 16 anos que ele soube, por seu pai, que sua mãe tinha se suicidado, quando ele ainda era um bebê. A revelação o transformou enquanto artista.

Anos depois, ele cria o espetáculo Processo de Conscerto do Desejo, onde recita os poemas da poetiza. Durante a pandemia, depois de perder também o pai no ano passado, ele recria a peça para uma transmissão pela internet, com o projeto Desconscerto. Em entrevista exclusiva ao Gshow, Matheus abre o coração e revela sua intimidade ao contar detalhes sobre sua história e sobre seu processo criativo.

A homenagem - Matheus conta que a decisão de abrir sua intimidade em um espetáculo não foi um processo rápido. “Eu demorei muitos anos para montar no palco os poemas da minha mãe. Há muito tempo eu pensava em como fazer isso e cheguei até a mostrar os 30 poemas que ela deixou todos passados a limpo em uma máquina Olivetti, e guardados em uma pastinha de elástico azul, pra algumas atrizes pensando em dirigi-las. Há cinco anos, o Festival de Teatro de Ouro Preto e Mariana me convidaram pra fazer alguma coisa que eu tivesse na manga. Eu não tinha nada... Respondi que podia ler os poemas da minha mãe. Eles toparam e a aventura começou”.

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