Uma colisão entre dois navios no Mar do Norte, na costa de East Yorkshire, Reino Unido, nesta segunda-feira (10.03), trouxe à tona preocupações não apenas sobre a segurança marítima, mas também sobre implicações geopolíticas. Entre as embarcações envolvidas está o Stena Immaculate, um petroleiro que integra um programa do governo dos Estados Unidos destinado ao abastecimento de combustível para as forças armadas do país em situações de conflito.
De acordo com a BBC, o petroleiro, de 183 metros de comprimento, havia partido da Grécia com destino a Killingholme, no Reino Unido. A colisão ocorreu com o cargueiro Solong, de 140 metros, e provocou o resgate de 36 pessoas. Apenas uma delas foi hospitalizada, mas seu estado de saúde ainda não foi divulgado. Relatos indicam que houve incêndios em ambas as embarcações, e autoridades seguem trabalhando para conter as chamas.
A causa exata do acidente segue sob investigação pela Divisão de Investigação de Acidentes Marítimos, embora haja suspeitas de que a neblina densa tenha sido um fator contribuinte. Martyn Boyers, executivo-chefe do Porto de Grimsby East, considerou o ocorrido "incomum" e ressaltou que as condições do mar estavam razoáveis no momento do impacto.
A empresa Stena Immaculate de logística norte-americana Crowley, operadora do navio, confirmou que a embarcação transportava combustível de aviação. Um porta-voz da Guarda Costeira do Reino Unido afirmou à BBC que está em andamento uma avaliação para definir medidas antipoluição, diante do risco de vazamento de material inflamável no mar.
O Greenpeace também manifestou preocupação. Em comunicado ao The Guardian, um porta-voz da organização ambientalista destacou que "a magnitude de qualquer impacto dependerá de uma série de fatores, incluindo a quantidade e o tipo de petróleo transportado pelo petroleiro, além das condições climáticas e a velocidade da resposta ao incidente".
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