Os ex-prefeitos de Cuiabá, atual deputado estadual Wilson Santos (PSDB) e Chico Galindo (PTB), são acusados de comandarem esquema de notas fiscais superfaturadas enquanto gestores da Capital, por meio do programa “Poeira Zero”. A denúncia é investigada pelo Ministério Público do Estado por meio de inquérito civil público.
De acordo com a denúncia, um dos proprietários da empresa Constil Terraplanagem, empresário Robison Todeschini, teria denunciado o suposto esquema de pagamento de propina com envolvimento dos ex-prefeitos de Cuiabá (WS e CG).
Ainda, conforme a denúncia, os ex-gestores, teriam concordado em aumentar o valor de notas fiscais de medições realizadas pela empresa Constil quando da execução de obras do Programa “Poeira Zero”. O valor excedente era revertido para Chico Galindo e Wilson Santos, conforme informações do inquérito.
A denúncia foi reforçada pelo depoimento de Robison Todeschini perante a Superintendência da Polícia Federal, durante a investigação da operação “Ararath”.
Na oportunidade Todeschini declarou que em 2011 verificou que foram retirados entre R$ 2 a R$ 3 milhões por meio de cheques administrativos endossados por Bruno Simoni, seu sócio na empresa Constil Construções e Terraplanagem Ltda, e depositados em contas-correntes de suas próprias empresas com a finalidade de circular dinheiro para depois repassar de forma pulverizada para terceiros indicados pelos então prefeitos Wilson Santos e Chico Galindo.
“Conforme relatado no Termo de Depoimento supracitado, Bruno Simoni em acordo clandestino com o ex-prefeito Wilson Santos se comprometeu em aumentar o valor das notas-fiscais emitidas pela empresa Constil Construções e Terraplanagem Ltda pelos serviços prestados na execução do Programa Poeira Zero, efetuando a medição em trechos executados pela própria Prefeitura Municipal de Cuiabá e, desta maneira, devolver o valor excedente das notas fiscais superfaturadas ao ex-prefeito Wilson Santos e com a entrada de Chico Galindo na Prefeitura, o negócio escuso permaneceu sob sua responsabilidade com a ciência de Wilson Santos” diz trecho do inquérito.
Segundo o MPE a instauração de inquérito civil é necessária para apurar eventuais atos de improbidade administrativa e enriquecimento ilícito nas condutas dos ex-prefeitos de Cuiabá, Wilson Santos e Chico Galindo.
“Assim, faz-se fundamental à complementação de informações visando colher elementos para melhor elucidação do objeto da apuração” diz inquérito.
A portaria que originou a abertura do inquérito foi assinada nessa terça-feira (12.01) pelo promotor de Justiça André Luís de Almeida.
Robison Todeschini foi intimado pelo promotor para comparecer na Promotoria de Justiça em 28 de janeiro, às 16 horas para prestar declarações a fim de instruir a instauração do inquérito.
Outro lado – A reportagem do VG Notícias ligou no telefone celular do deputado Wilson Santos, mas ele não atendeu e não retornou as ligações. Já o celular do ex-prefeito Chico Galindo estava fora da área de serviço.
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