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Deputado Wilson Santos avisa que será oposição e diz que Mauro tem que discutir a taxação do agronegócio
O deputado estadual reeleito Wilson Santos (PSDB), afirmou ao jornalista Geraldo Araújo, no oticias No Ar, que irá fazer oposição na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL/MT), ao governador eleito, Mauro Mendes (DEM), mas de forma serena, sem brigas e com foco em ajudar o Estado a crescer. “Não serei aquele galinho de briga do passado”, disse o tucano.
Wilson Santos disse que “melhor para Mato Grosso” seria o governador Pedro Taques (PSDB) ser reeleito - e continuar à frente da gestão, mas que respeita a decisão da população que elegeu Mauro Mendes.
“Respeito a decisão. Mas, na minha concepção, o melhor para Mato Grosso seria o Taques continuar no Governo, agora o Mauro terá que começar tudo da estaca zero”, declarou.
Em relação ao Governo democrata, a partir de janeiro de 2019, Wilson revelou que irá fazer oposição, mas de forma propositiva com foco em trabalhar para corrigir os erros do próximo gestor.
“A oposição é uma grande consultoria gratuita que ajuda o Governo bem-intencionado a fazer uma boa gestão. Vou fazer a oposição ao Governo Mauro Mendes e não ao Estado de Mato Grosso. O elogio corrompe, a crítica corrige. Não vamos dar tapinha nas costas do rei”, revelou.
Ele lembrou que quando fez oposição ao Governos de Jayme Campos (entre 1991 a 1994) e Dante de Oliveira (1995 a 1998), brigava muito com os gestores chegando a ganhar o apelido “galinho de briga”. “Naquele tempo fazia política com paixão. Agora estou mais sereno, experiente e já passei pelo Governo e sei como é. Não serei aquele galinho de briga do passado”.
Sobre o Governo de Mendes, o tucano disse que espera que o democrata tenha coragem em mexer na taxação do agronegócio, apesar do assunto interferir em interesses de pessoas ligadas ao governador eleito e que também ajudaram elegê-lo.
“O governador Mauro Mendes tem que discutir a taxação do agronegócio. Não pode continuar da forma que está. Meia dúzia de agricultores bilionários, alguns deles sobrevivendo do agronegócio, enquanto o fome passa fome, sofre com o desemprego. Cidades estão falidas. O próximo governo precisa discutir esse assunto e colar em prática a taxação do agronegócio”, declarou o deputado.
Segundo ele, Comissões Parlamentares de Inquéritos abertos pela Assembleia Legislativa descobriram que os grandes agricultores se utilizam de todos os artifícios para pagar menos impostos possíveis e enganar o Estado, como por exemplo, a utilização de cooperativas.
“Pessoas do agronegócio tratam o Governo com desonestidade, sonegam informações, usam de cooperativas para pagar menos tributos, fazem o que querem. Isso precisa acabar e somente discutindo a questão da taxação que poderá equilibrar tudo isso” explicou o parlamentar.
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