Vereadores de Cuiabá encaminharam nesta terça-feira (17.12), durante a sessão ordinária, o pedido de destituição do vereador Onofre Júnior (PSB) do cargo de 1º vice-presidente.
O pedido ocorreu após o juiz Roberto Teixeira Seror, da Quinta Vara Especializada da Fazenda Pública, indeferir nesta segunda-feira (16.12.) o mandado de segurança de Onofre, que solicitava a anulação da eleição do dia 05 de dezembro, no qual Pinheiro foi eleito o novo presidente do Legislativo, após a renúncia de João Emanuel (PSD).
Os vereadores que apresentaram o pedido foram Adevair Cabral (PDT) Renivaldo Nascimento (PDT) e Wilson Kero Kero (Solidariedade). Os parlamentares alegam que não existe mais “ambiente” para que Onofre ocupe o cargo de 1°vice-presidente depois de ter entrado com pedido na justiça requerendo o cargo de presidente da Casa de Leis.
Ainda durante a sessão ordinária de hoje, Renivaldo e Toninho de Souza (PSD) chegaram a pedir que Onofre renunciasse ao cargo e assim não desgastasse ainda mais o Legislativo cuiabano.
Em sua defesa, Onofre disse que ao mover a ação judicial requerendo a Presidência do Legislativo, tentou assegurar um direito que lhe pertence segundo rege o Regimento Interno da Câmara. O socialista disse ainda, que sua intenção jamais era constranger os demais colegas de parlamento e declarou que não renunciará a 1ª vice-presidência.
“Não vou renunciar a 1ª vice-presidência, porque fui eleito para o cargo de forma transparente e justa. Os vereadores que julguem se devo permanecer, mas não irei renunciar”, disparou o socialista.
Destituição - O pedido de destituição começou a circular pela Casa de Leis na semana passada, após uma reunião ocorrida por um grupo de vereadores. Segundo esses parlamentares, o fato de Onofre ter entrado com pedido na Justiça reivindicando a vaga de presidente do Legislativo cuiabano, provoca um clima de insegurança jurídica na Casa de Leis, além de gerar mais desgaste da Câmara, após a renúncia de João Emanuel.
Outra justificativa utilizada pelo grupo, é que eles têm “certeza” que o socialista não tem “bagagem” política para comandar a Câmara Municipal em um momento político “tão ruim” que a Casa enfrenta.
Importante ressaltar que durante a entrevista coletiva em 03 de dezembro (dois dias antes da eleição), Onofre garantiu que tanto ele, quanto o 2°vice-presidente da Mesa Diretora da Câmara – vereador Haroldo Kuzai (Solidariedade) -, não utilizaria do artigo 23 do regimento interno, para reivindicar a Presidência e oportunizariam uma nova eleição para eleger o novo presidente da Câmara Municipal.
Porém dias depois, o socialista ingressou com um mandado de segurança na Justiça onde requer a vaga de presidente da Casa de Leis.
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