O governador Mauro Mendes (União) afirmou estar preocupado com o equilíbrio fiscal da nação, advertindo que tal situação pode, segundo ele, “desequilibrar todo o resto” no Governo Federal. Como exemplo, o chefe do Executivo mencionou o déficit previdenciário, que, em 2023, alcançou a ordem de R$ 342 bilhões, valor classificado como “preocupante”. A declaração foi feita durante o seminário “35 anos da Constituição de Mato Grosso”, realizado na Assembleia Legislativa (ALMT) na segunda-feira (18.11).
Durante o evento, Mendes defendeu que os chefes do Executivo, em todas as esferas de governo, devem observar o princípio constitucional da “eficiência”. Ele também chamou a atenção dos órgãos de controle, como o Ministério Público Estadual (MPE) e o Tribunal de Contas do Estado (TCE), para que deem maior atenção a esse aspecto na administração pública. “Nunca vi o nosso Ministério Público, o Tribunal de Contas, processar alguém por ter sido ineficiente”, declarou o governador.
Nunca vi o nosso Ministério Público, o Tribunal de Contas, processar alguém por ter sido ineficiente, declarou o governador
Mauro Mendes destacou ainda que o progresso de um Estado depende de um governo eficiente, enfatizando que fatores como polarização política, desinformação, fake news e corrupção devem ser superados.
“O Estado só vai conseguir fazer isso se for eficiente, se não for corrupto, se for um Estado que informa adequadamente e que se afasta das polarizações. Muitas vezes eu sou criticado por estar do lado de A ou B, mas eu estou do lado do Executivo de Mato Grosso, representando todos que vivem aqui”, afirmou Mendes.
Nesse contexto, o governador reiterou sua preocupação com o equilíbrio fiscal do país. Segundo ele, a ausência de medidas por parte do Governo Federal para corrigir os “números preocupantes” pode gerar prejuízos futuros.
“Eu, como cidadão, fico muito preocupado com a questão do equilíbrio fiscal da nação. O Brasil coleciona números não muito saudáveis nessa área. O déficit da previdência chegou a R$ 342 bilhões no ano passado. Nenhum sistema previdenciário vai sobreviver a isso. Quando defendo, de forma muito enfática, que tenhamos equilíbrio fiscal, é porque penso na geração futura, que vai muito além do meu governo, que se encerra em 2026”, concluiu.
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