Os vereadores de Cuiabá aprovaram, durante a sessão ordinária desta quinta-feira (21.12), com 18 votos favoráveis, o projeto que eleva o salário dos parlamentares de R$ 18.991,18 para R$ 26.017,91. O novo valor entrará em vigor a partir de fevereiro de 2025.
As vereadoras Edna Sampaio (PT), Michelly Alencar (União) e Maysa Leão (Republicanos), juntamente com o vereador Dr. Luiz Fernando (Republicanos), foram contrários à proposta. Por sua vez, os vereadores Dídimo Vovô (PSB), Fellipe Corrêa (Republicanos) e Eduardo Magalhães (Republicanos) registraram ausência na votação.
A ausência dos parlamentares na votação foi criticada pelo vereador Luis Cláudio (PP) e Jeferson Siqueira (PSD). Luis Cláudio expressou sua admiração por aqueles que, mesmo em desacordo, tomam uma posição, citando o exemplo da vereadora Edna Sampaio.
"Para ingressar na vida pública, é essencial possuir coragem. Eu nunca me esquivei de qualquer votação neste plenário, mesmo que fosse polêmica. Especialmente esta, que visa corrigir o salário da próxima legislatura. Deixo aqui meu protesto aos que se abstiveram, aos que não estão presentes. Quem não tem coragem de se envolver na vida pública, que permaneça em casa; não venha ao Plenário. Este é o lugar para homens e mulheres honrados", enfatizou o vereador.
Luis Cláudio também argumentou que a Câmara ajusta os salários conforme o Congresso Nacional e a Assembleia Legislativa, e de forma incisiva, desabafou: "Agora, o mais pobre é quem mais sofre? Eu não vou aceitar isso!"
Por sua vez, o vereador Jeferson Siqueira sugeriu aos colegas que discordam do aumento que apresentem um projeto de lei destinando o acréscimo a obras sociais, seja na infraestrutura, qualificação ou outras necessidades do município. Ele se colocou à disposição para colaborar com os colegas na destinação dos recursos, caso esteja no Parlamento na próxima legislatura, porém, avaliou as oposições como "populistas demagogos".
"Aqueles que se opõem: destinem o aumento de seus salários para projetos que possam beneficiar a comunidade. Estou disposto a elaborar um projeto de lei e direcionar esses recursos, caso esteja aqui em 2025. Contudo, alguns estão insatisfeitos; na hora de cobrar, são os primeiros a não abrir mão de um centavo. Aqui é um discurso; nos bastidores, é a CI chegando, é a cobrança. Que o discurso se torne realidade", criticou.
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