Vereadores de Várzea Grande, na sessão ordinária desta terça-feira (17.10), acusaram o governador Mauro Mendes (União) de recuar sobre o aporte financeiro para construção da rodoviária e mercado municipal no município, por ficar com “raiva e birrinha” das autoridades e sociedade várzea-grandense, em não permitir a entrada do Ônibus de Trânsito Rápido (BRT) nas avenidas Couto Magalhães e Filinto Müller.
Conforme o vereador Rogério Dakar, Mauro Mendes recebeu 69,42% dos votos em Várzea Grande, e agora, por ficar com raiva de ter sido contrariado, não vai mais mandar dinheiro para cidade. Rogerinho disse que permitir que o BRT entrasse na Couto e na Filinto, seria acabar com as avenidas, comércios e empresários, e ainda não resolveria o problema do transporte público do município.
Ele cobrou, ainda, o repasse dos R$ 17 milhões dos R$ 30 milhões previstos por meio de uma emenda destinada pelo presidente da Assembleia Legislativa (AL/MT), deputado Eduardo Botelho (União), para pavimentação asfáltica de sete bairros de Várzea Grande.
Além do governador Mendes, o vereador também citou a falta de compromisso de deputados estaduais e federais e senadores que se dizem representantes de Várzea Grande, mas não mandam emendas para melhoria da cidade.
“Os parlamentares veem aqui bater no peito e falar que são representantes de Várzea Grande, mas quem representa e conhece a dificuldade e a carências do município sabe que a prioridade é a água (a falta de água). Os vereadores são cobrados e vocês brincam com a cara dos várzea-grandenses, pois moram em Cuiabá e na hora da eleição vêm falar que moram aqui”, frisou.
Outros dois vereadores que criticaram o governador do Estado foram, Denival Rodrigues Galibert, popularmente conhecido como Sargento Galibert (União) e o líder do prefeito Kalil Baracat (MDB), Cleyton Nassarden – popular Sardinha (PTB).
Conforme o Sargento Galibert, Mauro Mendes “arrota” que o cofre do Estado está derramando dinheiro, mas, segundo ele, precisa saber que esse dinheiro não é dele e sim do cidadão. O parlamentar criticou o fato do governador cancelar o envio do recurso, e frisou que o Poder Executivo agora vai tirar dinheiro que seriam investidos em outras obras, para cobrir a falta de compromisso de Mendes, que prometeu e não cumprirá.
“Antigamente não precisava de papel, só um aperto de mão resolvia o acordo. Mas agora é complicado, o governador teve quase 70% dos votos em Várzea Grande e por birra não cumprirá um acordo. Então, eu peço governador, que esse dinheiro que está aí no cofre, que não é do senhor, é do cidadão, o senhor repasse por meio de obras. Sabemos que o interior está bem assistido pelo senhor, então vê se manda um pouco para Várzea Grande”.
O vereador Sardinha reconheceu que o governador já ajudou bastante Várzea Grande, mas por ter um ego particular – de "poderoso chefinho e de zangar por qualquer coisa e muitas vezes mudar tudo, recuou com o recurso".
Sardinha ressaltou que o governador não pode mais sair à reeleição, mas vai querer que seu grupo perpetue com essa musculatura de votos em Várzea Grande e com certeza pensará duas ou três vezes ao atender o município e cumprir o que foi realmente firmado anteriormente. “Tenho certeza que essa birrinha, essa raiva do governador vai passar em breve, é só tomar um chá de erva-cidreira ou camomila, vai acalmar e repensará e ver o companheirismo que Várzea Grande já teve com ele e pagará esse compromisso com a cidade”, concluiu ele.
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).
