O vereador de Cuiabá, Wilson Kero Kero (Podemos), apresentou um requerimento contra a intervenção do Governo do Estado na Saúde da Capital, após receber denúncias de irregularidades no descarte de materiais hospitalares e medicamentos vencidos. As acusações recaem sobre a gestão da intervenção que ocorre na cidade.
O requerimento surgiu a partir de uma vistoria realizada no Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos (CDMIC), onde o vereador buscou esclarecimentos e solicitou acesso aos contratos dos medicamentos e materiais hospitalares que foram perdidos.
Segundo o parlamentar, em colaboração com o vereador Ricardo Saad (PSDB), ficou surpreso ao constatar a quantidade significativa de materiais e medicamentos vencidos. "Fui pego de surpresa. Saad fez uma análise e percebemos que muitos desses materiais vencidos são produtos hospitalares que poderiam ter sido esterilizados. Há também uma grande quantidade de medicamentos que poderiam ter sido aproveitados", declarou Kero Kero.
Já o vereador Saad expressou sua indignação com o descarte dos medicamentos. "O que mais me chocou foi a quantidade de medicamentos, incluindo antibióticos caros, que foram descartados devido à perda da validade. Se esses medicamentos fossem encaminhados para postos de saúde ou policlínicas, teriam sido utilizados rapidamente", comentou Saad, que atribuiu a perda dos medicamentos à incompetência da gestão. "Na minha opinião, isso é resultado da incompetência daqueles que estão gerenciando a situação. É assim que vejo", acrescentou.
Os medicamentos e materiais em questão foram adquiridos durante a gestão do prefeito Emmanuel Pinheiro (MDB) e venceram durante a intervenção. Apesar disso, a crítica recai sobre a gestão atual, que poderia ter utilizado esses recursos antes de sua expiração.
Segundo o vereador Kero Kero, o documento que lhe foi apresentado lista mais de 5 mil ampolas de medicamentos perdidas. "Ele me mostrou o material lá. São medicamentos, materiais... muitas coisas. O documento tem cinco páginas e descreve volumes significativos. Há quantidades de 2 mil, 3 mil, 4 mil e até 5 mil ampolas, além de outros tipos de medicamentos", destacou.
Além disso, o vereador apontou a permanência da empresa Meditral na intervenção e solicitou a presença dos interventores Danielle Bertucini e Hugo Felipe na Câmara para esclarecimentos. "Eu convoquei a presença deles, através da Comissão de Saúde, para virem até esta Casa explicar toda essa situação", concluiu Kero Kero.
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