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Política Segunda-feira, 16 de Março de 2020, 15:12 - A | A

Segunda-feira, 16 de Março de 2020, 15h:12 - A | A

Denúncia arquivada

Vereador acusa irmão do prefeito de patrocinar indústria da fake news contra ele

Justiça arquivou denúncia contra parlamentar e mandou investigar ex-servidor por denunciação caluniosa

Lucione Nazareth & Adriana Assunção/VG Notícias

“Estou sofrendo com a indústria da fofoca, indústria da fake news. Nunca solicitei nada a servidor”, disse o vereador de Cuiabá, Felipe Wellaton (PV) ao falar sobra a decisão da juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Ana Cristina Silva Mendes, que arquivou uma denúncia contra ele sobre suposto recebimento de parte dos salários de servidores do seu gabinete na Câmara Municipal.

Em coletiva realizada na manhã desta segunda-feira (16.03) na Câmara de Cuiabá, Felipe Wellaton afirmou que está sendo alvo de vários ataques, um deles a denúncia arquivada pela Justiça, que, conforme ele, estaria sendo patrocinada pelo empresário Marco Polo Pinheiro - o Popó -, irmão do prefeito Emanuel Pinheiro.

“Essa coletiva é para sepultar essa injustiça patrocinada pela turma do paletó e liderada por uma pessoa chamada, Marco Polo Pinheiro, o Popó. Nós não sabemos o tamanho da indústria que estamos enfrentando”, declarou.

Sobre a denúncia, o parlamentar disse: “Eu nunca solicitei parte de salário da minha equipe e nem verba indenizatória para uso pessoal. Ao contrário, Jadson Nazário que me acusou, queria usar verba indenizatória para suplementação salarial. Nós sempre fomos contra. A verba tem que ser usada para melhor desempenho do mandato”.

Segundo ele, todos os ataques e denúncia, inclusive um processo de cassação que acabou sendo arquivada pela Câmara, tem como único objetivo o “calar” no Legislativo.

“Sofri aqui um processo de cassação com intenção de nos calar. Sempre disse que nós não iremos nos calar. Essa indústria tentou atacar nossa honra. Nós estamos preparados e não irei me calar aqui dentro da Câmara. Essas denúncias nunca me intimidaram. Vale ressaltar que já fomos na delegacia de crimes virtuais. Todos os vereadores estão sofrendo da indústria do fake News. Isso tem que acabar”, finalizou ao comentar que já procurou a Secretaria de Justiça para denunciar os casos.

Outro Lado - O oticias entrou em contato com Marco Polo Pinheiro, mas até o fechamento ele não atendeu e nem retornou o contato.

Entenda - Consta dos autos que, nomeado como chefe de gabinete de Wellaton em 02 de janeiro de 2017, Jadson Nazário de Freitas, apresentou uma denúncia contra o vereador em junho de 2018 afirmando que o edil ficava com parte do salário de seus assessores e se apropriava também da verba indenizatória paga ao chefe de gabinete.

O autor da denúncia contou que ficou na função até 20 de janeiro de 2017 e, posteriormente, foi nomeado como assessor parlamentar, sendo exonerado em março de 2018. Enquanto esteve na função de chefe de gabinete, Jadson pagou, a pedido do vereador, por materiais de construção para obras de adequação no gabinete e pelo contrato para desenvolvimento de um aplicativo para utilização no mandato.

No parecer do promotor de Justiça, Sérgio Silva da Costa, apontou que nenhuma das testemunhas confirmaram o suposto recebimento ilícito de Wellaton. “Convém ressaltar que todas as testemunhas, inclusive as indicadas pelo próprio noticiante [Jadson], foram unânimes ao afirmar que o parlamentar municipal nunca solicitou de seus assessores o repasse de qualquer verba salarial. Sendo assim, os esforços empreendidos com o intuito de averiguar a veracidade dos fatos noticiados, revelaram a ausência de indícios de materialidade delitiva aptos a caracterizar a prática de crime contra a administração pública”, diz trechos do parecer do promotor requerendo o arquivamento da ação.

Em sua decisão, a juíza Ana Cristina Silva acolheu o parecer do MP e afirmou que nos autos não existem indícios suficientes de que o vereador tenha recebido os valores de forma indevida. “Verifico que não restou comprovado em nenhum momento que o Vereador Felipe Wellaton teria se apropriado de parte dos salários de seus assessores, tampouco utilizava a Verba Indenizatória do Chefe de Gabinete para o pagamento de despesas pessoais alheias ao serviço”.

Na decisão a magistrada ainda atendeu o pedido do Ministério Público Estadual (MPE) sobre abertura de inquérito contra o ex-servidor pela suposta prática de denunciação caluniosa.

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