O deputado federal e presidente do diretório estadual do PSB, Valtenir Pereira, disse em entrevista ao VG Notícias, nesta quinta-feira (03.01), que a legenda tem que tomar o máximo de cuidado na questão da punição aos vereadores Faissal Calil e Onofre Júnior, que votaram contra a determinação da legenda na eleição da mesa diretora de Cuiabá.
“Nós temos que tomar cuidado com este assunto, porque pode caracterizar perseguição política. Os vereadores podem sair do partido alegando perseguição e levar com eles o mandato”, disse Valtenir.
Segundo o deputado, qualquer jurista pode conseguir comprovar na Justiça que a resolução no qual o partido determinou que os vereadores votassem no vereador Adilson Levante (PSB) e não a favor de João Emanuel (PSD), na eleição da mesa, tratava-se apenas de um voto de “cabresto”, pelo modo que foi editado o documento.
“O documento foi editado por cinco pessoas e não se consultou e nem muito menos se debateu com os demais militantes, sendo que o diretório municipal não é composto por apenas cinco pessoas. Esse documento tirou toda a liberdade e autonomia de voto dos vereadores, fato que não pode acontecer”, colocou o socialista.
De acordo com ele, para que pudesse por em prática uma resolução a qual foi divulgada pelo diretório municipal do PSB, teriam que ter sido convocado todos os vereadores eleitos, os demais militantes da legenda em uma plenária para debater e discutir sobre a determinação de apoiar A ou B na eleição da mesa, tendo deste modo argumento para como punição na questão de fidelidade partidária. Porém, ainda de acordo com o deputado, esse fato não ocorreu.
Ele relatou que ocorreu foi uma desdenha por parte do prefeito Mauro Mendes (PSB) em apoiar Onofre Júnior para concorrer à mesa e uma demora do prefeito em tomar uma decisão sobre como o partido votaria no pleito do legislativo.
O socialista frisou ainda, que a vontade de cinco pessoas não pode sobrepor à vontade da população cuiabana, em relação à possível cassação de mandato dos vereadores. “A vontade de cinco pessoas, não pode cassar um vereador que foi eleito pelo povo, com mais de 3.500 votos (Faissal) e nem muito menos um que teve mais de 3.000 votos (Onofre), vamos discutir este assunto dentro do partido, para chegarmos a um entendimento”, garantiu o parlamentar.
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).
