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Política Quinta-feira, 19 de Março de 2020, 16:11 - A | A

Quinta-feira, 19 de Março de 2020, 16h:11 - A | A

Apoios e chapa

Tudo volta a estaca zero, diz Barranco sobre eleição suplementar

Gislaine Morais/VG Notícias

O deputado estadual e pré-candidato a senador de Mato Grosso, Valdir Barranco (PT) acredita que mudanças podem acontecer em relação à composição das coligações e chapas, caso a eleição suplementar ao Senado ocorra junto com as eleições municipais, em outubro. Ele disse em entrevista ao #VG Notícias No Ar, na manhã desta quinta-feira (19.03) que dependendo, partidos que hoje estão juntos para a eleição ao Senado, nas eleições municipais poderão não fazer parte desta atual composição.

O deputado afirmou que teve algumas conversações entre partidos que tendem a se manter, mas que ainda devem voltar a conversar até que uma nova data seja definida. “Eu acho que agora tudo volta à estaca zero. E dependendo da aproximação das eleições no ‘chão’, lá onde as eleições municipais acontecerão, as composições podem mudar. Então há uma gama aí que vai depender muito de quando serão às eleições. Se for em outubro muda completamente”, avaliou Valdir.

Barranco citou como exemplo Gisela Simona (PROS) que hoje é pré-candidata ao Senado por Mato Grosso, mas que também já deixou bem claro que pretende ser candidata a prefeita de Cuiabá. “Portanto, se a eleição for junto com a eleição municipal, o que ela escolherá? Serão decisões difíceis”, complementou.

Ele ressaltou que o Partido dos Trabalhadores, independentemente se a eleição for em maio, junho ou outubro, terá candidatura ao Senado da República, e continuarão com a mesma disposição de trabalhar.

O petista frisou ainda, que a única candidatura que realmente teria o legado da defesa do ex-presidente Lula e da democracia da esquerda, seria a candidatura do PT. Para ele, os demais estariam se acotovelando para garantir o apoio do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) em seus palanques.

Em relação aos protestos que ocorreram na noite de ontem (18), durante e após o pronunciamento no Palácio do Planalto sobre a pandemia do novo coronavírus - e sobre um possível impeachment do presidente, o pré-candidato ao Senado disse que defende que uma vez eleito democraticamente tem que cumprir o mandato até o final. No entanto, ele afirmou que no Brasil, quando a ‘elite’ não está contente eles tiram do Poder, como já aconteceu recentemente.

Barranco ainda teceu várias críticas a gestão que vem sendo feita pelo presidente. Segundo ele, não tem como negar que Bolsonaro faz um mandato muito ruim, e que ele atropela as coisas, como não mantém relacionamento com as instituições, que pelo seu entendimento são fundamentais para manter a democracia.

Segundo ele, Bolsonaro a todo o momento tenta jogar a população contra o Supremo Tribunal Federal (STF), contra o Judiciário. “Ele tenta desgastar todo o judiciário, todo o parlamento, começando pela Câmara de Deputados e o Senado, e isso não ajuda, e não contribui. E quando o Brasil precisa dele, em momentos de crises, ele some, ou trabalha contra, como foi à questão do coronavírus (COVID-19)”, declarou Barranco.

Valdir avaliou que o presidente está perdendo a credibilidade até mesmo com seus apoiadores, pois após descobrir que um participante da sua comitiva testava positivo para o Covid-19, e ele ainda com suspeitas, ao invés de informar à população que não deveria ter essa proximidade, ele ainda foi ao encontro para cumprimentar todos, então isso causou, inclusive entre aqueles que apoiam o presidente a perca de credibilidade.

"Ele está preocupado com isso, pois ontem, ele fez um posicionamento utilizando máscaras. Só que também não soou para um lado bom, pois a mídia disse que ele deu uma grande demonstração de como não usar a máscara. Então eu acho que ele está bastante desgastado, por conta dessa insistência dele de querer bater nos poderes, há até mesmo um isolamento por parte do presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre, e do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, ambos do DEM. Isso não é bom para a democracia e vai com certeza arranhar muito a imagem dele, não sei se para um processo de impeachment, mas vai desgastar bastante”, pontuou.

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