O vereador João Emanuel (PSD) renunciou a Presidência da Mesa Diretora da Câmara de Cuiabá, nesta terça-feira (03.12), durante a sessão ordinária A decisão de deixar o cargo teria sido discutida durante a reunião do colégio de líderes do legislativo cuiabano na segunda-feira (02.12).
Segundo fonte do VG Notícias, o social-domocrata teria negociado com os demais vereadores que deixaria o cargo de presidente e assim não ser acionado pela Comissão de Ética da Câmara Municipal em processo disciplinar, que poderia resultar na cassação do mandato de vereador.
A estratégia é apontada pela fonte, como uma forma de João Emanuel articular a sua defesa tanto na justiça quanto frente ao parlamento, em relação ao seu envolvimento em um suposto esquema de desvio de dinheiro público no setor de compras do Legislativo.
O parlamentar foi afastado do cargo na semana passada, por meio de duas decisões judiciais, nas áreas cíveis e criminais, na semana passada, após ser acusado de envolvimento em um suposto esquema de desvio de dinheiro público no setor de compras do Legislativo. O esquema foi revelado na operação ‘Aprendiz’, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual, na última quinta-feira (28.11).
Na tribuna da Casa de Leis desta terça, o parlamentar voltou a se defender das acusações do envolvimento no esquema e garantiu que o caso trata de uma “vingança” política do Poder Executivo contra ele. “O interesse é desviar o foco das investigações da Câmara contra a Prefeitura de Cuiabá, como fraude em licitação”, disse o vereador.
Confusão na Sessão – Os vereadores tiveram início de bate-boca na sessão, após João Emanuel dizer em seu discurso, “quero mostrar que não tenho apego o cargo de presidente, e peço a minha auto-destituição do cargo de presidente desta Casa de Leis”.
Os vereadores pediram para que o social-democrata ratificasse a sua fala e pedisse a renúncia e não auto-destituição. Segundo os vereadores, a destituição só poderia ser pedida pelos demais parlamentares e não por ele (João Emanuel). “Ele tem que pedir a renúncia. Está errado”, disse o vereador Dilemário Alencar (PTB).
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