O senador Pedro Taques (PDT-MT) afirmou ontem (19.09) que a decisão da CPI de pedir o sequestro dos bens da organização comandada por Carlinhos Cachoeira é medida fundamental para evitar manobras financeiras. A decisão da CPI do Cachoeira de pedir Ministério Público Federal em Goiás que requeira ao Poder Judiciário o sequestro dos bens dos envolvidos veio após o jornal Correio Braziliense denunciar a tentativa de venda de bens da organização.
- Entendo como necessário o congelamento dos bens até o julgamento da ação, até para que o Estado possa reaver possível montante obtido de forma ilegal – afirmou o senador.
Em maio deste ano, a CPI já havia pedido o bloqueio dos bens de Carlinhos Cachoeira e de outros suspeitos de fazer parte da organização. Os bens foram bloqueados pela Justiça, mas a decisão foi revertida em segunda instância. No mesmo mês, Pedro Taques protocolou na Justiça Federal uma medida cautelar preparatória com pedido do bloqueio de bens da Delta Construções S/A, apontada pela Polícia Federal como vinculada ao grupo de Cachoeira, para o qual repassaria recursos por meio de empresas de fachada.
Bens
A CPI elaborou uma lista com bens de pessoas e empresas ligadas à organização. No total, são cerca de 30 investigados que tiveram os bens listados, entre eles integrantes da organização e parentes de Cachoeira. No nome do principal investigado, há um terreno no valor de R$ 1,5 milhão. Além disso, ele aparece como proprietário de uma fazenda de R$ 17,5 milhões, em sociedade com outras pessoas.
Uma fazenda no valor de R$ 20 milhões aparece na lista como sendo da atual mulher de Cachoeira, Andressa Mendonça. No nome da ex-esposa de Cachoeira, Andrea Aprígio, há diversos imóveis, como casas, apartamentos, terrenos e fazendas, no valor total de mais de R$ 16 milhões, além de uma aeronave avaliada em R$ 750 mil.
Na avaliação da CPI, o dinheiro da venda poderia ser usado para a fuga de envolvidos, motivo pelo qual também será pedido que os passaportes dos investigados sejam retidos.
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