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Política Sexta-feira, 12 de Maio de 2017, 19:18 - A | A

Sexta-feira, 12 de Maio de 2017, 19h:18 - A | A

pronunciamento

Taques acusa promotor de justiça de fraudar documentos, e que irá representá-lo junto ao CNMP

Lucione Nazareth/ VG Notícias

VG Notícias

coletiva governador

governador Pedro Taques ao lado do seu secretariado durante coletiva

O governador Pedro Taques (PSDB) acusou nesta sexta-feira (12.05), o ex-secretário de Estado de Segurança Pública, promotor de Justiça Mauro Zaque, de fraudar documentos e o chamou de “chantagista” e prometeu representá-lo junto ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

As acusações foram feitas durante coletiva à imprensa ao falar sobre os grampos ilegais detectados e denunciados pelo promotor à Procuradoria Geral da República (PGR), apontando que o governador teria “prevaricado” ao não tomar providências sobre a ilegalidade.

O gestor explicou que em 08 de outubro 2015, chegou ao seu conhecimento, por meio de Mauro Zaque (então secretário de Segurança Pública), suposto grampos ilegais ocorridos em investigação de tráfico de drogas dentro do presídio de Ferrugem em Sinop (a 500 km de Cuiabá), no qual policiais militares estariam envolvidos.

Taques afirmou que assim que ficou sabendo do ocorrido, determinou que Zaque protocolasse a denúncia junto ao seu chefe de gabinete, José Arlindo, e que ele iria adotar as devidas providências. Na época dos fatos, o governador relatou que encaminhou as denúncias para o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO) investigar o caso.

“O governador do Estado não tem poder de investigar, e por isso encaminhei a denúncia ao GAECO para fazer as investigações devidas. Tempos depois procurei Zaque para saber referente à investigação é o mesmo disse que ela teria sido arquivada”, contou Taques.

O governador apontou que ficou sabendo, por meio da imprensa, que na mesma época que foi protocolada a denúncia de tráfico em Ferrugem, Mauro Zaque protocolou (no protocolo geral do governo do Estado), uma segunda denúncia relacionada a grampos ilegais feitos para investigar o tráfico de drogas na Cadeia Pública de Cáceres, e que nessa estariam às escutas telefônicas realizadas em autoridades políticas, juízes, jornalistas, advogado entre outras pessoas.

“Essa eu só tive conhecimento na noite de ontem por meio da imprensa. Assim que fui averiguar descobrimos uma fraude no processo de protocolamento da denúncia. O Mauro Zaque a protocolou com o número que diz respeito a uma solicitação de conclusão de pavimentação asfáltica no município de Juara, e não a denúncia propriamente dita. Ocorreu uma fraude ai”, acusou o gestor.

Conforme o tucano, ao ter conhecimento da segunda denúncia procurou os documentos para saber do seu teor. “Não prevariquei como o Mauro Zaque está me acusando. Fiquei sabendo dessa denúncia ontem. A denúncia é grave e já determinou adoção de providências para apurar os fatos, claro se realmente ficar comprovado os grampos”, declarou o governador.

Taques revelou que diante dos fatos, o então secretário Chefe da Casa Civil, Paulo Taques, pediu exoneração do cargo para defendê-lo junto aos órgãos fiscalizadores sendo eles Ministério Público Estadual (MPE) e a Procuradoria Geral da República.

“Quero defender a minha honra e mostrar que não prevariquei, apesar do que o Mauro Zaque diz que o Coronel Zaqueu, que foi comandante da PM, disse a ele que eu saberia desses grampos. Nunca soube, e nem jamais mandei ninguém fazer esses grampos”, defendeu-se.

Mostrando-se indignado com as acusações, Taques afirmou que já acionou o promotor Mauro Zaque junto ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP),  e também no Ministério Público Estadual, e que já solicitou que o atual secretário de Segurança Pública, Rogers Jarbas investigue as origens do grampo.

Suposta Chantagem – Durante a coletiva, o governador Pedro Taques indiretamente acusou Mauro Zaque de chantageá-lo em duas oportunidades. A primeira ocorreu antes da saída de Zaque da Secretaria de Estado de Segurança Pública.

Conforme Taques, o ex-secretário o procuradou e pediu que ele (governador) exonerasse o coronel Zaque do Comando da Polícia Militar. “Ele me disse exonere o Zaqueu, ele está fazendo coisa errada. O exonere se não eu saio”, relatou o gestor ao contar sobre a conversa.

O gestor apontou que era para Zaque fazer um ofício apontando as “tais coisas erradas” que coronel estava realizando, e que iria analisar para tomar as devidas providências caso fosse necessário. “Eu não aceito chantagem de ninguém. Eu só exonero caso seja comprovado algo ilícito cometido por aquela pessoa”, justificou o governador.

Outra suposta “chantagem” teria ocorrido no período da escolha do novo procurador-geral de Justiça do Estado, biênio 2017/2018. O tucano relatou que Mauro Zaque ligou para ele solicitando que na ocasião fosse nomeado José Antônio Borges, porque já teria ocorrido um “acordo” interno no MPE formado por dois grupos de procuradores.

No entanto, Taques não atendeu ao pedido e nomeou o procurador Mauro Curvo como novo procurador-geral de Justiça do Estado, que na ocasião foi indicado na lista tríplice do MPE como o mais votado.

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