Após consulta ao Supremo Tribunal (STF), sobre a legalidade de concorrer pela 4ª vez à Presidência da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) - o deputado Eduardo Botelho (União), comunicou, na noite desta terça-feira (22.11), aos 14 parlamentares que o apoiam, que não irá concorrer. O anúncio foi feito durante um jantar na residência da deputada licenciada Janaina Riva (MDB) após mais de duas horas de encontro.
O deputado eleito, Júlio Campos (União), disse que a expectativa é que o primeiro-secretário da AL, deputado Max Russi (PSB), seja o candidato de consenso a presidente. Júlio disse ainda, que Botelho colocou o nome à disposição para ser o primeiro-secretário. "Max não participou da reunião", disse Júlio.
Apesar de o nome de Max Russi estar praticamente consolidado para ser o futuro presidente da Mesa Diretora, Júlio Campos não descartou a possibilidade de ter outra chapa alternativa. “Não há consenso ainda sobre o nome de Max, porque as conversas iniciaram hoje, outros nomes podem aparecer ainda”.
A deputada Janaína Riva (MDB), também descartou concorrer à Presidência da Assembleia. “Janaina também não quer ser candidata a presidente da Assembleia, e deixou claro que irá trabalhar um projeto para ser candidata à majoritária ao Senado ou ao Governo de Mato Grosso, em último caso, deputada federal”, revelou Júlio Campos.
Entenda - Em fevereiro de 2021, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, afastou Botelho e determinou que a ALMT realizasse outra eleição — porque o parlamentar não poderia ser reeleito para Presidência durante a mesma legislatura. Com isso, foi realizada uma nova eleição e Max Russi (PSB) assumiu à Presidência.
O antigo Partido Democratas ingressou com Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) para reconduzir o deputado Eduardo Botelho (DEM) ao comando do Legislativo Estadual. Na ação, a sigla questionou a reeleição a qualquer cargo diretivo da Mesa Diretora, dentro da mesma legislatura, e que a eleição da Mesa Diretora (que elegeu Botelho) se deu em 10 de junho de 2020, muito antes da publicação do acórdão que proibiu a recondução aos cargos em todas as Casas Legislativas do país.
“Em razão disso é que, com as mais respeitosas vênias, impõe-se a conclusão de que não mais se justifica a manutenção de liminar em sentido contrário ao que soberanamente compreendeu o Plenário do STF, mormente se se considerar que é somente por força dessa decisão — a que concedeu a liminar — que se encontram impedidos de exercer seus cargos os parlamentares eleitos em junho de 2020” justifica.
Em fevereiro de 2022, o presidente do STF, Alexandre de Moraes, determinou a recondução do deputado estadual, Eduardo Botelho (UB) ao comando da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). A decisão é dessa quarta-feira (23.02).
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