O ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), acusado na operação Sodoma III de liderar organização criminosa, composta por 17 pessoas, com o propósito de obterem vantagem indevida no valor de R$ 15.857.125,50, por meio da desapropriação de um imóvel – localizado nas imediações do bairro Osmar Cabral, em Cuiabá -, será interrogado pela juíza da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Santos Arruda em 20 de julho.
O peemedebista estava previsto para ser ouvido pela juíza em 05 de julho, porém, em decorrência do réu/colaborador João Justino Paes de Barros estar em recuperação pós-operatória por três semanas, a magistrada redesignou o interrogatório de Silval para o dia citado, às 13h30min.
No mesmo dia (20.07), deverá ser interrogado o réu Antônio Rodrigues Carvalho, e no dia seguinte (21.07), o empresário Alan Malouf – também réu na ação penal da Sodoma III, por supostamente lavar dinheiro para a organização criminosa, e ainda, Silvio Cézar Correa Araújo – ex-braço direito de Silval.
Já no dia 25 de julho, deverão ser interrogados os acusados, Levi Machado de Oliveira e o procurador aposentado Francisco Gomes de Andrade Lima Filho – popular Chico Lima. Ainda, serão interrogados em 27 de julho os acusados Arnaldo Alves de Souza Neto e Valdir Agostinho Piran.
O último interrogatório do mês de julho, referente a ação penal em decorrência da Terceira fase da Operação Sodoma, é no dia 28 de julho, ocasião em que será interrogado o ex-secretário de Estado de Fazenda, Marcel de Cursi.
Sodoma III – Em decorrência da deflagração da Terceira Fase da Operação Sodoma, o Ministério Público do Estado ofereceu denúncia em 17 de outubro de 2016 contra 17 pessoas por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
Conforme denúncia do MPE/MT, as investigações demonstraram o desvio de dinheiro público realizado por meio da desapropriação de um imóvel que corresponde ao Bairro Jardim Liberdade, em Cuiabá, paga na gestão do ex-governador Silval Barbosa, durante o ano de 2014.
Ainda, a investigação aponta que o pagamento a uma imobiliária pela desapropriação do imóvel – localizado nas imediações do Bairro Osmar Cabral, na capital – no valor total de R$ 31.715 milhões, teria tido o propósito de desviar dinheiro público em benefício da suposta organização criminosa liderada por Silval Barbosa.
Do valor total pago pelo governo na desapropriação, o correspondente a 50%, ou seja, R$ 15.857 milhões, teriam retornado em prol da organização criminosa através de uma empresa de assessoria e organização de eventos.
O restante do valor teria sido dividido entre os demais participantes, no caso, os ex-secretários, Pedro Nadaf e Marcel de Cursi, Arnaldo Alves de Souza Neto, Afonso Dalberto e Francisco Lima.
De acordo com a investigação, a maior parte do dinheiro desviado, um total de R$ 10 milhões, teria ficado com o ex-governador Silval Barbosa, apontado com chefe do esquema, para pagamento de uma dívida que havia sido contraída por ele.
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