O ex-governador do Estado, Silval Barbosa e o doleiro e delator da Lava Jato, Lúcio Funaro, serão convocados para prestar esclarecimentos sobre supostas sonegações de impostos e renúncias fiscais ilícitas em Mato Grosso. Eles devem ser ouvidos nos próximos dias.
A convocação foi aprovada na tarde desta quinta-feira (05.09) pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa que investiga o caso. Além deles, a CPI deve convocar ainda o presidente do Grupo Amaggi, Judynei Carvalho.
Silval já confessou em delação premiada homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a prática de crimes de corrupção no período que comandou o Estado entre 2009 e 2014, entre eles a concessão ilegal de incentivos fiscais ilegais mediante ao recebimento de propina. Segundo ele, milhões foram pagos por empresários para que suas empresas conseguissem o benefício e desta forma ficassem “livres” de pagar alguns impostos ao Estado.
Lúcio Funaro em depoimento recente na CPI do BNDES na Câmara dos Deputados, disse que o empresário Joesley Batista, do grupo J&F, dono da JBS, poupou seu primo o empresário Fernando Mendonça (que atua em Mato Grosso), em sua delação premiada firmada com a Procuradoria-Geral da República (PGR).
Na Operação Ararath, Fernando Mendonça é descrito como um dos operadores de sistema de créditos clandestinos em Mato Grosso empregando empresas distintas para movimentações financeiras.
A CPI da Sonegação Fiscal deve definir ainda as datas em que Silval, Funaro e Judynei Carvalho serão ouvidos.
Lembrando que Comissão é composta pelos deputados Wilson Santos (PSDB) – presidente; Carlos Avalone (PSDB) - vice-presidente -; Ondanir Bortolini, o Nininho (PSD) – relator; Max Russi (PSB) e Janaína Riva (MDB) – membros.
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