Os servidores da Educação de Várzea Grande realizaram nova manifestação na Câmara Municipal, nessa terça-feira (23.05), cobrando do prefeito Kalil Baracat (MDB) a inclusão dos técnicos no projeto de lei que concede 14,95% de reajuste no piso salarial aos professores da rede municipal de ensino. A proposta de recomposição salarial é para todos os professores ativos e inativos. No exercício de 2022, foi concedido o percentual de 12,84%.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso – Subsede de Várzea Grande (Sintep/VG), Juscelino Dias de Moura, os técnicos da educação receberam apenas duas recomposições dentro de 8 anos, desde que a lei que garante o piso salarial foi criada.
“Essa Casa de Leis tem dado espaço para nós. Somos representantes de uma categoria que ultrapassa 5 mil trabalhadores, por isso estamos aqui, para garantir o direito de todos esses trabalhadores da educação. Os técnicos da educação tiveram apenas duas recomposições dentro de 8 anos de uma lei que garante o piso salarial”, declarou.
Juscelino reforçou que Várzea Grande tem o menor piso salarial para os técnicos da educação, ficando abaixo do piso nacional, e que eles recebem menos que um salário mínimo. O presidente mencionou a gestão da ex-prefeita Lucimar Campos (União), que deixou de pagar a recomposição para a categoria em seu mandato, causando a divisão das categorias da educação.
“Barão de Melgaço é o município mais pobre de Mato Grosso, com o piso salarial de professor de R$3.315, e em Várzea Grande, o piso é de R$ 2.030, abaixo do piso nacional. Enquanto isso, o servidor técnico, que está aí sofrendo, tem o piso salarial abaixo de um salário mínimo. O que a prefeita Lucimar fez em 2016 foi causar uma divisão na nossa categoria, e nós não queremos isso”, explicou.
O presidente do Sintep Estadual, Valdeir Pereira, destacou ao a importância do projeto, e afirmou que os técnicos precisam ser incluídos, pois diante da lei, são considerados profissionais do magistério, assim como os professores.
“Nossa movimentação é a favor dos técnicos e apoio da educação que não foram devidamente contemplados nesse projeto de lei. Esse projeto trata da atualização do piso para os professores, e os técnicos precisam ser incluídos. Os vereadores compreenderam e estão sensibilizados com esse debate, assumiram um compromisso de segurar mais uma semana a tramitação do projeto aqui na Câmara, e vamos juntos buscar uma reunião com o Poder Executivo, prefeito, secretários, para ampliar esse debate”, destacou.
O presidente da Câmara de Várzea Grande, vereador Pedro Paulo Tolares – Pedrinho (União), afirmou ao que a Câmara se solidariza com a movimentação dos profissionais da Educação, e que irá buscar uma negociação com o Poder Executivo para que os técnicos da educação não seja mais prejudicados. Pedrinho explicou que a decisão de manter o projeto para ser votado em outro momento foi dos vereadores, em conjunto com os representantes do sindicato.
“É um projeto de grande relevância que estabelece a recomposição salarial para os profissionais da educação, mas, está beneficiando apenas os professores. A maioria dos presentes hoje são os que lutam para que a lei seja abrangente aos técnicos. Fizemos a discussão entre os representantes do Sintep estadual e municipal, onde eles optaram em manter o projeto na Casa de Leis, e buscar mais uma semana de negociação com o Executivo para ver a possibilidade de incluir os técnicos da educação nesse projeto”, disse.
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Outro Lado - Ao , o secretário de Comunicação de Várzea Grande, Marcos Lemos, afirmou que a Prefeitura não irá atender a reivindicação da categoria, pois, a lei é do Governo Federal e que ela garante apenas o reajuste aos professores. Ele destacou que os técnicos da educação devem ser inclusos em outro projeto.
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