Os manifestantes do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Várzea Grande (Sintep/VG) cercaram o prefeito Kalil Baracat (MDB) na manhã desta terça-feira (28.02) ao deixar na Câmara Municipal. Conforme testemunhas, Kalil pediu respeito à categoria, que protestava em frente ao legislativo várzea-grandense durante a abertura dos trabalhos da Casa de Leis.
“Não senta com a categoria, o que vamos fazer? Vamos fazer manifestação. O prefeito tem que dar exemplo, respeitar a categoria, não respeita e quer pedir respeito! Por que não tem respeito? Porque a partir do momento que não aplica a lei, não te respeita. O prefeito é quem tem que dar exemplo, sentar com a categoria, representamos mais de quatro mil trabalhadores. Temos vigias e merendeiras recebendo abaixo de um salário mínimo”, reclamou o presidente do Sintep/VG, Juscelino Dias de Moura.
Se a categoria deliberou para fazer a manifestação, faremos, não importa quem é a pessoa! Se é meu irmão, meu pai não interessa. Faremos a manifestação!
Entre as pautas de reivindicação constam, o pagamento da Reposição Salarial do Piso Nacional de 14,95% para todos os profissionais da educação e o pagamento de 1/3 de hora atividade para os professores.
“Estamos mais uma vez fazendo essa manifestação para chamar atenção do prefeito que não dialoga com os servidores públicos e com os Sindicatos. Então, estamos aqui para chamar atenção também dos vereadores. Os vereadores são responsáveis por cobrar o cumprimento da legislação e o prefeito não vem fazendo o dever de casa. Não vem cumprindo as leis, em especial a lei da reposição salarial, em espacial o nosso PCCS, que ele não cumpre a lei de 1/3 de hora-atividade”, destacou Juscelino Dias.
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O sindicalista explica que o valor da reposição foi definido pelo Governo Federal, no entanto, segundo ele, a Prefeitura não cumpre. “No ano passado, essa reposição foi de 33.24% e a Prefeitura de Várzea Grande só pagou 12,84%, restando 20.40% este ano, esse patamar chegou em 14,95, para cada município, cada Estado pagar o piso nacional. Hoje o piso nacional está em R$ 4.420,00 e Várzea Grande paga um piso para professor de R$ 2035,00 mil, abaixo do piso nacional em uma carga horária de 25 horas”, declarou.
Contudo, Juscelino Dias reconheceu os investimentos na infraestrutura realizados pelo prefeito, porém, destacou que falta a valorização salarial dos profissionais.
Outro lado - O 
entrou em contato com a assessoria de Comunicação da Prefeitura de Várzea Grande, que respondeu, por meio de nota, que em 2022 concedeu reajuste de 12,84% para os professores e 7% de RGA para os demais servidores públicos da Educação.
"Concedeu ainda o enquadramento por classe e nível para todos da Educação que já foram pagos no ano passado e que em média representam outros 12% de impacto na folha que deve respeitar os gastos com o funcionalismo dentro do que preceitua a LRF - Lei de Responsabilidade Fiscal."
Ainda conforme a nota, a Prefeitura mantém um canal permanente de entendimento com todo o funcionalismo público através de uma Comissão Permanente presidida pelo secretário de Governo, Ismael Alves e que tem ainda os secretários de Gestão Fazendária; Administração; Planejamento; Procuradoria e Assuntos Estratégicos. "Qualquer coisa fora desta realidade necessita ser discutida, analisada e avaliada, pois existem divergências nas interpretações do que é solicitado pela categoria e o que pode ser concedido."
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