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Política Terça-feira, 10 de Agosto de 2021, 13:53 - A | A

Terça-feira, 10 de Agosto de 2021, 13h:53 - A | A

Esplanada dos Ministérios

Senador "ataca" Bolsonaro por desfile de blindados: “ameaça de um fraco que sabe que perdeu”

Bolsonaro não tem o direito de usar a máquina pública para ameaçar a própria democracia que o elegeu, disparou o senador

Lucione Nazareth/VGN

Edilson Rodrigues/Agência Senado

VGN_Omar-Aziz-Copa America

 Bolsonaro não tem o direito de usar a máquina pública para ameaçar a própria democracia que o elegeu, disparou o senador 

 

 

 

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado (CPI da Covid), Omar Aziz (PSD-AM), classificou como “ataque frontal à democracia” o desfile de blindados realizado na manhã desta terça-feira (10.08), na Esplanada dos Ministérios, e que o papel das Forças Armadas é defender a democracia. 

“Bolsonaro imagina, com isso, estar mostrando força. Mas, na verdade, está evidenciando toda fraqueza de um presidente, acuado pelas investigações de corrupção, inclusive desta CPI. E pela incompetência administrativa que provoca mortes, fome e desemprego em meio a uma pandemia sem controle” disse Aziz.

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De acordo com o senador, o desfile de hoje é uma encenação criada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) “para mostrar que tem o controle das Forças Armadas e pode fazer o que quiser com o país”.

“É um absurdo inaceitável. Não é um teatro sem consequências, mas um ataque frontal à democracia que precisa ser repudiado”, disse o parlamentar.

Ele ainda acrescentou: “As Forças Armadas jamais podem ser utilizadas para intimidar sua população, seus adversários ou atacar a oposição legitimamente constituída. Não há nenhuma previsão constitucional para isso (...) Bolsonaro não tem o direito de usar a máquina pública para ameaçar a própria democracia que o elegeu. Isso demonstra apenas uma ameaça de um fraco que sabe que perdeu. Não haverá voto impresso. Não haverá qualquer tipo de golpe contra a nossa democracia”.

Desfile

Na manhã desta terça (10), Bolsonaro assistiu à passagem de cerca de 30 veículos de guerra pela Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e recebeu convite para participar de um exercício militar da Marinha em Formosa, Goiás.

O exercício militar ocorre desde 1988, mas o uso de um desfile de tanques para a entrega do convite é inusitado e foi visto por parlamentares como uma tentativa de intimidação do Congresso Nacional porque ocorre no mesmo dia previsto para a votação da PEC do Voto Impresso.

 

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