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Política Quarta-feira, 14 de Dezembro de 2022, 13:15 - A | A

Quarta-feira, 14 de Dezembro de 2022, 13h:15 - A | A

CHUMBO TROCADO!

Secretária de Saúde de Cuiabá expõe vereador e põe em "xeque" moral do parlamentar

O médico e vereador Dr. Luiz Fernando já teve seu nome envolvidos em investigações na Saúde de VG e Santo Antônio de Leverger

Adriana Assunção/VGN

As tentativas do vereador de Cuiabá, Dr. Luiz Fernando (Republicanos) em levar a secretária de Saúde de Cuiabá (SMS), Suelen  Alliend, para dar explicações ao parlamento cuiabano sobre denúncias na Saúde de Cuiabá, vem gerando desconforto entre alguns colegas. O vereador chegou a dar nota 6 à atuação dos colegas, classificando-os de alienados.

Diante dos ataques do vereador, a secretária de Saúde de Cuiabá,  Suelen  Alliend, resolveu revidar e expôs que Luiz Fernando - teve seu nome envolvido em investigações na Saúde de Várzea Grande e de Santo Antônio de Leverger, inclusive foi multado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) por ausência reiteradas como diretor clínico de suas funções comissionada no Hospital Municipal Santo Antônio de Leverger (a 35 km de Cuiabá), por ineficiência do controle de frequência de médicos em 2018 - e por suspeita de integrar um esquema de vendas de vagas de cirurgias no Pronto-Socorro de Várzea Grande.

O processo foi arquivado no TCE, porém, foi aplicado uma multa de 10 UPF/MT ao doutor Luiz Fernando Guimarães de Amorim, em razão de irregularidades no cumprimento da jornada de trabalho como ex-diretor Clínico do Hospital Municipal e da ineficiência do controle de frequência dos demais servidores da unidade de saúde.

Conforme Suelen, consta do relatório do TCE, que o Dr. Luiz Fernando descumpriu de forma efetiva a jornada de trabalho como Diretor Clínico, quando deveria comparecer diligentemente ao trabalho para cumprir a função importantíssima que ocupava na consecução dos serviços prestados à população, como coordenação e supervisão do corpo clínico do Hospital Municipal. “Ao se ausentar frequentemente e sistematicamente de suas funções como Diretor Clínico o responsável não cumpriu a carga de trabalho, conforme determinado no Descritivo/Normativo da Secretaria da Municipal de Saúde”, cita trecho do documento.

Suelen Alliend disse que o vereador deveria 'sentir vergonha' de ficar atirando pedra nos outros, apontando dedo como 'paladino da moralidade', quando o relatório do TCE apontou que ele não cumpria sua funções, tinha' desvio de conduta e lesava o erário' - quando não cumpria a jornada de trabalho para a qual recebia salário. "Uma pessoa que tem a petulância de dar nota e avaliar atuação dos colegas,  deveria ter uma conduta ilibada, mas tenta medir as pessoas pela régua dele, falta bom-senso ao vereador. O vereador está precisando de um bom espelho para se enxergar”, criticou Suelen.

Suelen diz ainda, que Dr Luiz Fernando está de “birra”, porque ela não permitiu interferência e nem ordens do vereador na secretaria - para contratar pessoas ligadas a ele sem perfil técnico para atuar junto a saúde de Cuiabá. “Esta bronca é por ter sido contrariado - quis indicar pessoas sem seguir o processo legal, aprovação em processo seletivo e concurso público. É lamentável que ele use a tribuna da Câmara para se passar de honesto, mas, sabemos muito bem o motivo de tanta perseguição e como age este paladino da moralidade. E como gestora da pasta não posso permitir esse tipo de prática e interferência do parlamentar”, afirmou Suelen Alliend ao .

Leia mais: TCE investiga frequência de médicos do Hospital de Santo Antônio de Leverger

Suelen diz se lembrar bem, que em 2012, o médico Luiz Fernando Guimarães de Amorim e o gesseiro Edinaldo Pereira Borges, foram suspeitos de integrar um esquema de vendas de vagas de cirurgias no Pronto-Socorro de Várzea Grande. Á época, o diretor da unidade de saúde chegou solicitar abertura de sindicância para investigar a participação dos profissionais na situação. O esquema de vendas de vagas no Pronto-Socorro de Várzea Grande veio à tona após a prisão de Edson Fernando da Silva, 48 anos.

A secretária contou que em setembro de 2012, uma senhora chamada Albertina Pimentel foi encaminhada ao Pronto-Socorro de Várzea Grande com fraturas na perna esquerda, após se envolver em um acidente de trânsito. Seu marido, Mário Aparecido Silirios, ao perceber que ela precisaria esperar dias para realizar uma operação, se desesperou.

Ela relatou que no mesmo dia, um funcionário do hospital, conversou com o marido da paciente, informando que conhecia um médico por nome de Amorim, que faria o procedimento pelo valor de R$ 6,5 mil. O homem negou. No dia 20 de fevereiro, este Edson teria conversado com o esposo de Albertina e falou sobre outro médico que cobraria R$ 2,5 mil e seria feita em um hospital particular.

O fato é que, destacou a gestoira, após 3 dias, a mulher foi transferida para o Metropolitano, onde realizou o procedimento médico. Ao notar que a unidade era pública, o marido da paciente entrou em contato com a direção do local e comunicou a existência do esquema. Os coordenadores, na época do então Ipas, registraram boletim de ocorrência e uma operação organizada pela Polícia Civil conseguiu prender Edson no momento em que ele recebia parte do dinheiro da cirurgia.

Suelen Alliend finalizou, questionando o vereador Dr Luiz Fernando: "Será que o senhor tem moral para ficar tripudiando em cima dos outros, avaliando e dando notas aos colegas? Qual seria sua nota vereador, diante destes casos citados cometidos pelo senhor?, questionou.

Indignação - Os vereadores Marcrean dos Santos (PP), Kássio Coelho (Patriota) e Paulo Henrique (PV) demonstraram indignação na sessão ordinária na sessão ordinária dessa terça-feira (14.12) em razão das declarações públicas feitas pelo colega Dr. Luiz Fernando.
O primeiro a manifestar indignação não admitindo ser julgado por um colega foi o vereador Kássio. Segundo ele, o Dr. Luiz Fernando disse que essa Casa é nota 6, bem como, o pontuou com 3%. Ele também expôs que o Dr. Luiz Fernando já o atacou pessoalmente no Parlamento: “Disse que não sou homem. Homem não é ele, já falei para ele que ele é um bananeiro e eu não tenho medo dele. E ele desacatou também o colega Marcrean”, disse o vereador pedindo respeito.

A divisão no Parlamento ficou clara, quando Kássio afirmou que jamais estará no mesmo partido que essa pessoa, se referindo ao Dr. Luiz Fernando. Ainda em sua fala, o vereador também fala de Dr. Luiz Fernando indicando que os colegas estavam alienados. “Mais uma, alienado, quem está alienado com o Governo é ele. Ele é quem está alienado, que a família dele está empregada lá. Ele está, eu não estou alienado a Governo nenhum. Eu cheguei com Deus, meu candidato ao Governo foi Roberto França que perdeu a eleição, só fizemos um vereador. E se eu não tiver condição de reeleger, eu não sou candidato, porque não fui aprovado pela população cuiabana, mas eu sei onde coloco meu pé”, declarou.

O vereador Paulo Henrique (PV) também manifestou contra os comentários: “Até me surpreendeu isso, nunca aconteceu isso aqui na Casa. Isso para mim, é uma falta de respeito, algum vereador lá fora dar nota para um vereador aqui dentro. Quem tem que julgar é primeiramente Deus e seu eleitor. Quem tem que dar nota é a população que está lá fora.”

Marcrean dos Santos observou que o parlamentar que avaliou os colegas nem apareceu em pesquisas de institutos de avaliação. “Vai me desculpar. A pessoa que avaliou não saiu nem na pesquisa do Instituto. Eu não admito vereador me avaliar, quem me avalia são meus eleitores. Algum vereador que votou em mim? Eu não aceito vereador me avaliar, então cada um responde pelo seu CPF, quem tem que me avaliar é o povo cuiabano”, exaltou.

Já Diego Guimarães concordou com a avaliação do colega e ainda completou: “muitos aqui não merecem nem a nota 6”. Dr. Luiz Fernando respondeu dizendo que respeita o mandato de cada um. “Cada um tem uma forma de enxergar seu mandato, quando fui questionado durante esse podcast, uma avaliação até pessoal minha, eu acredito que nós como Câmara Municipal podemos melhorar ainda muito mais, eu tiro pelo meu mandato, agora cada um é livre, não se sinta ofendido. Façam seu trabalho que eu continuarei fazendo o meu”, disse o vereador, que ao final da sessão pediu desculpas.

Outro lado - Em nota, o vereador Dr. Luiz Fernando (Republicanos) esclareceu: “em 2012, cheguei a ir à delegacia de Várzea Grande prestar esclarecimentos ao delegado Fábio Silveira e no final das contas ficou concluído que eu não tinha qualquer participação no tal processo de esquema de vendas de vagas de cirurgias, não foi gerado nenhum processo contra mim."

Já em relação a Santo Antônio de Leverger (a 35 km de Cuiabá), Dr. Luiz Fernando  esclarece que: "a cidade por qual possuo intenso vínculo familiar, pois é onde mora toda a minha família paterna - houve sim, por um curto período, um acúmulo de cargos, onde atuei como diretor Clínico do Hospital e médico plantonista contratado de forma concomitante e recebi uma multa no Tribunal de Contas do Estado (TCE) e foi encerrado o assunto."

Ele completou: "Registro, ainda, que logo que recebi o apontamento do TCE decidi voluntariamente pedir minha exoneração, pois o propósito da acumulação de cargos era ajudar a administração da época, que por sua vez não tinha profissionais no quadro de servidores. Apesar do meu pedido espontâneo de exoneração dos cargos, O TCE entendeu que a acumulação ocorreu de forma irregular, motivo pelo qual aplicou a multa e eu paguei. Não tenho compromisso com o erro e, apesar de estar ajudando o município de Santo Antônio, respeitei e cumpri integralmente a decisão da Corte de Contas”, disse o vereador Dr. Luiz Fernando.

Veja na íntegra

Diante das acusações da secretária de Saúde de Cuiabá, Suelen Alliend, que cita o nome do vereador Dr. Luiz Fernando (Republicanos) – em investigações na Saúde de Várzea Grande e Santo Antônio de Leverger, o parlamentar que é presidente da Comissão de Saúde da Câmara de Cuiabá, vem a público prestar esclarecimentos.

“Em 2012, cheguei a ir à delegacia de Várzea Grande prestar esclarecimentos ao delegado Fábio Silveira e no final das contas ficou concluído que eu não tinha qualquer participação no tal processo de esquema de vendas de vagas de cirurgias, não foi gerado nenhum processo contra mim. E em relação a Santo Antônio de Leverger (a 35 km de Cuiabá), cidade por qual possuo intenso vínculo familiar, pois é onde mora toda a minha família paterna - houve sim, por um curto período, um acúmulo de cargos, onde atuei como diretor Clínico do Hospital e médico plantonista contratado de forma concomitante e recebi uma multa no Tribunal de Contas do Estado (TCE) e foi encerrado o assunto. Registro, ainda, que logo que recebi o apontamento do TCE decidi voluntariamente pedir minha exoneração, pois o propósito da acumulação de cargos era ajudar a administração da época, que por sua vez não tinha profissionais no quadro de servidores. Apesar do meu pedido espontâneo de exoneração dos cargos, O TCE entendeu que a acumulação ocorreu de forma irregular, motivo pelo qual aplicou a multa e eu paguei. Não tenho compromisso com o erro e, apesar de estar ajudando o município de Santo Antônio, respeitei e cumpri integralmente a decisão da Corte de Contas”, vereador Dr. Luiz Fernando.

 

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