O ex-deputado José Riva desistiu de arrolar como sua testemunha o conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE), José Carlos Novelli, no processo de improbidade administrativa que ele responde sobre suposto desvio de dinheiro na Assembleia Legislativa.
De acordo com o despacho da juíza Celia Regina Vidotti, Vara Especializada em Ação Civil Pública e Ação Popular, realizado no último terça-feira (28.11), e publicado no Diário da Justiça Eletrônica (DJE) que circula nessa quinta-feira (30.11), Riva desistiu das oitivas de José Carlos Novelli, e do seu ex-assessor parlamentar Cristiano Guerino Volpato.
No despacho consta que na terça foi realizado audiência de instrução relacionada ao processo, e que no dia em questão o ex-parlamentar solicitou a retirada das testemunhas.
Ainda segundo a publicação, Riva manteve como testemunha o ex-presidente do TCE, conselheiro afastado Antônio Joaquim. No entanto, a juíza Celia Regina concedeu prazo de cinco dias para que o ex-deputado informe o endereço do conselheiro afastado para que o mesmo seja intimado a prestar o depoimento em audiência a ser realizada no dia 01 de março de 2018.
Entenda – Riva e o ex-deputado Humberto Bosaipo são réus no processo, juntamente com outras oito, por desvio e apropriação indevida de recursos públicos do Poder Legislativo, por meio da emissão e pagamento com cheques para empresas inexistentes ou irregulares. Consta no processo que mais de R$ 65 milhões oriundos da Assembleia haviam circulado pelas contas da Confiança Factoring Fomento Mercantil Ltda, empresa pertencente ao grupo empresarial de João Arcanjo Ribeiro.
De acordo com os autos, ficou provado que Riva e Bosaipo, membros da Mesa Diretora da AL/MT recorriam frequentemente à Confiança Factoring, onde pegavam dinheiro emprestado para quitar despesas pessoais ou de campanhas eleitorais. Como garantia, segundo a ação, eles entregavam cheques da Assembleia.
A ação aponta que os deputados emitiam cheques como se fossem para empresas fornecedoras da Assembleia, encaminhando-os para a Confiança Factoring, onde eram trocados por dinheiro ou por outros cheques emitidos pela factoring, nominais a pessoas ou empresas indicadas pelos referidos deputados. Para completar a operação, posteriormente os cheques em nome da Assembleia Legislativa eram compensados ou sacados.
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