O presidente da Associação da Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Mato Grosso esteve nesta quinta-feira (06/02) na Câmara Municipal de Cuiabá para se reunir com o vereador Rafael Ranali (PL), após o parlamentar protocolar um projeto de lei que proíbe a participação de crianças e adolescentes na Parada do Orgulho. O representante da associação classificou o projeto como uma “pauta moral”.
“Nosso posicionamento é de tentar entender porque outras festas populares, outras atividades na cidade, também realizada de forma aberta durante o dia, não tem essa proibição”, questionou.
Clóvis ressaltou que o evento é reconhecido por sua tranquilidade e ordem, destacando a ausência de problemas policiais durante as edições da Parada, o que é confirmado pela Polícia Militar e outros órgãos de segurança que acompanham o evento. "A polícia militar e os órgãos de governo que acompanham a parada dizem que é um movimento tranquilo e ordeiro", afirmou.
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Ele ainda mencionou que o local onde acontecem os shows durante a noite é fiscalizado para garantir que menores de idade não entrem.
"Nós queremos dialogar para dizer 'Olha, nós temos famílias. As pessoas LGBTQIA+ também têm filhos, têm filhas, e querem participar das atividades como qualquer outra população’ “ declarou.
Em sua fala com os jornalistas, Clóvis lembrou que Cuiabá é a 5ª capital mais violenta para a população LGBTQIA + e enfatizou que não é adequado um vereador incentivar atitudes contra essa população.
“Então não dá para um vereador incentivar esse tipo de atitude contra a nossa população [...] a gente tem problemas, né, concretos que a nossa população vive”, destacou.
Clóvis concluiu dizendo que a associação espera manter o diálogo, como sempre teve com a Câmara de Vereadores. "Nós queremos parceria. Queremos que esse vereador seja também nosso parceiro na defesa dos direitos humanos das pessoas LGBTQIA+", afirmou.
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