O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), e a secretária de Saúde, Lúcia Helena Bezerra, anunciaram, durante entrevista coletiva de imprensa, nesta quinta-feira (23.01), a decretação de emergência na saúde pública municipal, em virtude do aumento alarmante nos casos de arboviroses, como dengue, chikungunya e zika vírus.
Dados oficiais apontam um crescimento de 204,5% nos casos de dengue e 1.913,3% nos registros de chikungunya entre 29 de dezembro de 2024 e 18 de janeiro de 2025.
Abílio anunciou a realização de treinamento emergencial para as equipes de saúde, visando o diagnóstico e tratamento eficaz das arboviroses. Também informou a adoção de contratações emergenciais, com simplificação no processo de chamamento público para médicos e técnicos de enfermagem. Além disso, o prefeito se comprometeu a ampliar o atendimento nas unidades de saúde, incluindo a implementação de regime de plantão nos finais de semana.
O prefeito também anunciou a disponibilização de exames imediatos nas UPAs e unidades básicas de saúde, além da criação de um canal de denúncias para que a população informe sobre focos do mosquito transmissor, como piscinas abandonadas e locais com acúmulo de água parada.
Brunini destacou a importância da colaboração da população no combate ao Aedes aegypti, principal vetor das arboviroses. Ele descartou o uso amplo do "fumacê" como estratégia principal, justificando a baixa eficiência comprovada e os riscos à saúde, mas ressaltou que sua aplicação poderá ocorrer em casos pontuais e específicos.
Ele também abordou problemas estruturais que agravam a proliferação do mosquito, como coleta de lixo precária e alagamentos em bairros periféricos. A gestor destacou que as chuvas intensas aumentam a vulnerabilidade de comunidades e criam condições favoráveis ao desenvolvimento do vetor.
Brunini destacou que parte das dificuldades enfrentadas pela gestão atual é consequência de falhas herdadas da administração anterior, como a concessão de férias a médicos durante o período de aumento sazonal de casos de arboviroses e a existência de contratos inadequados para serviços essenciais, como a limpeza urbana. O prefeito assegurou que haverá uma revisão rigorosa dos contratos terceirizados e que medidas emergenciais serão priorizadas para reverter a situação.
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