O prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) relembrou novamente a polêmica com o governador Mauro Mendes (DEM), envolvendo o fechamento da Escola Estadual Nilo Póvoas. Na manhã desta quinta-feira (30.01), o emedebista declarou à imprensa que Mendes estaria deixado seu sentimento pessoal afetar a relação entre o Estado e a Capital.
“Do outro lado é sempre chutando a canela, é sempre tentando me diminuir, sempre tentando me agredir, sempre tentando me atingir, sempre atrapalhando... Tudo porque eu pedi o Nilo Póvoas, que é patrimônio cuiabano, para continuar sendo uma educação pública de ensino”, afirmou.
Logo que foi anunciado o fechamento da escola, o prefeito sugeriu ao Estado que fosse realizada uma troca. Assim, o Governo do Estado ficaria com o prédio da antiga Secopa, enquanto o prédio do Nilo Póvoas passaria a ser administrado pelo município.
Emanuel declarou que, enquanto prefeito da Capital e cuiabano, não poderia ser omisso com o fechamento da escola, principalmente pelo fato de saber “o valor sentimental, emocional, histórico-cultural e educacional” da instituição. Ainda, segundo ele, a sugestão foi apenas para aumentar as vagas na educação básica do município.
“Eu ia ficar quieto com o fechamento do Nilo Póvoas? que está fazendo 50 anos esse ano, sem contar que é batizado com o nome de um dos maiores cuiabanos, que foi enterrado no dia do aniversário de Cuiabá? Eu ficaria quieto? eu seria omisso?”, questionou.
Ainda, segundo Emanuel, para governar é preciso conhecer os sentimentos de uma comunidade. “É preciso conhecer a história de Cuiabá para tomar decisões”, completou.
À imprensa, Pinheiro declarou acreditar que, mesmo que haja insistência, o governador não irá ceder em passar a administração do Nilo Póvoas para o município.
“Não vai adiantar nada, o Governo não cede em nada. Olha os absurdos, eles estão lá no Moitará com a Secretaria de Estado de Cultura, eu não consigo reaver para o município. Aí propus: toma o Moitará e me dá o Nilo Póvoas. Não dá. Pedi a Ilha da Banana, essa inhaca, coisa horrorosa, que eu vou ajeitar. [Ele] não me concede para poder arrumar a Ilha da Banana”, pontuou.
Segundo o governador, os alunos do Nilo Póvoas serão transferidos para outra escola e ali passará a funcionar uma unidade de educação inclusiva.
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