O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) concede entrevista coletiva nesta sexta-feira (02.09), para esclarecer sobre o anúncio de uma greve dos médicos e também a ação do Ministério Público Estadual (MPE) que ingressou na Justiça com pedido para intervenção na área da saúde no município.
Pinheiro chamou de leviandade a greve feita pelo presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de Mato Grosso (Sindimed-MT), Adeildo Lucena.
“Mato Grosso tem quase 14 mil médicos, apenas 10 deviam estar lá no dia da assembleia geral, no dia do anúncio da coletiva, o Sindicato é uma categoria sem representatividade, que tem como base, principalmente o cabeça, o presidente desse sindicato, uma pessoa parceira do ócio, que não gosta de trabalhar, que não gosta de fazer nada, é preguiçoso, não trabalha, não produz, por isso foi para a vida sindical e quando eu cobro deles, que eles trabalhem, eles começam a fazer a reação claramente combinado entre os Sindicatos de Médicos e o Procurador-geral de Justiça do Estado”, reclamou Pinheiro.
Segundo Pinheiro, a gestão do procurador-geral de Justiça, José Antônio Borges, vem servindo o atual Governo do Estado. Ele alega perseguição à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e à Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP).
“Recebi ligação de vários procuradores e procuradoras, promotores e promotora uma instituição seríssima, acima de qualquer suspeita, mas, que na gestão do atual procurador-geral de Justiça vem servindo de todos os meios, de todas as formas o atual Governo do Estado e com isso tentando atacar a minha gestão, tentando atacar a gestão que mais faz por Cuiabá, atacando o prefeito da Capital, quando na verdade tentando plantar um caos que não existe, quando na verdade quem carrega a saúde do Estado é Cuiabá”, disse Emanuel.
O prefeito completou afirmando que não tem nada a temer. Segundo ele, os médicos que ameaçam greve, faz parte do grupo dos médicos que não querem trabalhar e agem politicamente a mando do atual Governo do Estado “Não devemos nada, não fizemos nada de errado, se porventura algum problema tiver, muito típico de qualquer gestão, estamos prontos para acertar e tomar as medidas necessárias. Não tenho compromisso com erro, caso haja algum erro, estou pronto para direcionar e tomar as medidas acertadas, porque meu compromisso é com o povo.”
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Emanuel externou sua indignação com os profissionais e expôs a ficha funcional dos médicos afirmando que não trabalham, e fabricaram a greve nos gabinetes. Ele afirmou que o pagamento dos profissionais está em dia e chamou atenção porque não há reivindicação salarial no movimento.
“É o grupo que só quer direitos, direitos e direitos, e são incapazes de produzir. Que vê o serviço público como bico e não como missão. Com salário rigorosamente em dia. Talvez a pachorra dessa greve fabricada, montada nos corredores e gabinetes seja o único movimento grevista do Brasil que não fala em atraso de salário, não fala em pagamento de salário, não fala em aumento de salário”, questionou.
“Veio um monte de baboseira, de estupidez e vou mostrar também a ficha funcional dos campeões da preguiça e do ócio do Estado de Mato Grosso, que nunca fizeram nada para a população e recebem salário e são muito bem pagos pelos contribuintes, quando querem dar um basta nisso reagem dessa forma covarde”, completou.
Contudo, voltou a criticar o procurador-geral de Justiça, José Antônio Borges, de forma direta: “O que mais me indigna, tem o apoio, não do Ministério Público, mas do procurador-geral de Justiça do Estado, um ativista político em defesa do governador do Estado. Eu não tenho nada a temer, não devo nada, mas é preciso dar um basta em que sucessivos ataques surgem justamente num período eleitoral, às vésperas das eleições, que está constrangendo uma das instituições mais sérias do estado, que é o Ministério Público do estado de Mato Grosso”, disse.
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Outro lado – A assessoria do Ministério Publico informou que o procurador-geral de Justiça não irá se manifestar.
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