Após comprovar “rompimento” no acordo de colaboração premiada firmado com executivos do grupo J&F, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão do empresário Joesley Batista, do ex-executivo da J&F Ricardo Saud e do ex-procurador da República Marcelo Miller. O pedido foi protocolado no final da tarde dessa sexta (08.09).
Conforme Janot, os colaboradores esconderam do Ministério Público fatos criminosos que deveriam ter sido contados nos depoimentos, e somente foram descobertos após a PGR investigar gravações entregues pelos próprios delatores como forma de complementação do acordo, firmado também com Ricardo Saud, ex-executivo da empresa, e Francisco e Assis e Silva, advogado do grupo empresarial.
Quanto ao ex-procurador Marcelo Miller, a PGR suspeita que ele atuou como “agente duplo” durante o processo de delação. Ele estava na PGR no período das negociações e deixou o cargo para atuar em um escritório de advocacia em favor da J&F.
Segundo teor das gravações, em uma das conversas, Joesley e Saud afirmam que atuariam para usar o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo com objetivo de atingir ministros da Suprema Corte. A ideia era gravar uma conversa com Cardozo na tentativa de identificar os ministros sobre os quais ele poderia ter influência. “Depois vamos botar tudo na conta do Zé", diz Joesley no áudio divulgado pelo STF. Com informações Agência Brasil.
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