O Senado Federal votou no início da tarde desta quarta-feira (11.07), a cassação do mandato do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) por quebra de decoro parlamentar. Por 56 votos a favor, 19 contra e 5 abstenções, o plenário decidiu por cassar os direitos políticos do senador goiano.
Demóstenes foi considerado pelos demais colegas culpado por ter ligações no esquema do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, que é apontado pela Polícia Federal como chefe do esquema de corrupção, tráfico de influência e jogos ilegais.
Com a cassação, Demóstenes ficará inelegível por oito anos a ser contados a partir do fim do mandato (fevereiro de 2019). Com isso, ele poderá concorrer a um cargo político a partir das eleições de 2028.
Durante a sessão, o senador mato-grossense Pedro Taques (PDT) que estava como relator da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), reiterou seus argumentos pela cassação do senador goiano, defendendo a constitucionalidade, regimentalidade e juridicidade do relatório aprovado no Conselho de Ética do senado.
“Considerando a competência regimental atribuída à Comissão de Constituição e Justiça, tenho que restou comprovado regimental que o senhor Demóstenes Torres adotou postura incompatível com a conduta parlamentar, ferindo de morte a postura que deve ter o parlamentar”, colocou Taques.
De acordo com o pedetista, durante todo o processo de cassação foi respeitado o direito de defesa a qual Demóstenes tinha por lei, e que teve oportunidade de se manifestar oralmente, expondo suas razões aos membros da CCJ.
Durante a votação, Taques votou a favor da cassação do senador goiano, argumentando pelo fato de ter ferido o direito parlamentar deveria responder por isso. Os outros dois senadores de Mato Grosso também estiveram na votação, Jaime Campos (DEM) e Blairo Maggi (PR).
Já a assessoria do senador Maggi, em entrevista ao VG Notícias nesta tarde, informou que o republicano não irá anunciar qual foi seu voto, já que o mesmo tem direito por lei de não revelar, por se tratar de voto secreto. Ainda, de acordo com a assessoria, o senador não se sente confortável em falar sobre o assunto e que o mesmo está focado na apreciação do Novo Código Florestal que agora a tarde deve ser revisto pelo Senado.
O outro senador mato-grossense, Jaime Campos (DEM), não atendeu as ligações e nem retornou a reportagem do VG Notícias para se posicionar. No entanto, a assessoria afirmou que ele esteve no plenário e participou da votação.
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).