VG Notícias
Ex-vice governador Carlos Fávaro, presidente do PSD de Mato Grosso e pré-candidato ao Senado
“Sou uma pessoa transparente. Se ele tiver que falar alguma coisa a meu respeito, que fale logo”, afirmou o ex-vice-governador e pré-candidato ao Senado, Carlos Fávaro, em entrevista ao “VG Notícias no Ar”, nesta quarta-feira (20.06), sobre as declarações do governador Pedro Taques (PSDB), que vai contar, no momento certo, porque cada ex-aliados deixou seu Governo.
Carlos Fávaro disse que quando aceitou ser vice de Pedro Taques, fez um compromisso com a população, pela proposta de fazer um Estado de transformação, como diz o slogan do Governo - acreditando que Taques seria um gestor destemido, por sua história pregressa, todos que o apoiaram reconheciam nele um homem corajoso.
Segundo o socialdemocrata, Mato Grosso, naquele momento, necessitava deste "homem corajoso e destemido" para fazer as reformas estruturantes que o Estado precisava - e durante sua gestão, Pedro Taques não se mostrou este homem que era na vida pregressa, como procurador Federal. Não se mostrou como gestor corajoso para fazer cortes, implementar políticas públicas mais austeras, prometer menos e cumprir mais, por isso o desgaste e o afastamento dos aliados.
Segundo ele, Pedro Taques prometeu muito, cumpriu pouco - e não ouviu ninguém. Carlos Fávaro afirmou que nenhum companheiro de Taques quis fazê-lo de “fantoche”, como tem dito o governador. “Eu gosto do Pedro, ele é uma pessoa boa, mas não está preparado para ser gestor”.
Ele disse ainda, que não cabe mais um modelo de líder vertical - de cima para baixo, tem que ser um modelo horizontal, que ouça à sociedade, que entenda os anseios da sociedade. Ele disse que nenhum governo teve tanta liberdade para escolher seu secretariado como o governador Pedro Taques. “Ele escolheu sozinho seus secretários e não deixou ninguém dar palpite, quando ele fez isso, chamou a responsabilidade para si”.
Quanto a tendência do PSD nas eleições de 2018, Fávaro disse que tudo caminha para seguir com o grupo do senador republicano e pré-candidato ao governo, Welligton Fagundes – que segundo ele, tem feito um excelente trabalho. No entanto, diz que está conversando com o ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (DEM), que considera um grande líder – e pode ser um grande governador. “Voltou da política para empresa com dificuldade e já recuperou 50% de suas empresas. Ele tem uma grande capacidade de administrar”.
Carlos Fávaro não é favorável a um Governo paternalista – mas defende um Governo próximo da sociedade, que seja capaz de gerar emprego e renda, de ouvir os anseios da população.
Aborto - Questionado sobre o aborto, o socialdemocarta se diz cristão, contra o aborto e se eleito senador, vai trabalhar para mudar a lei e criminalizar o homem. “Sou contra o aborto, se tiver a honra de ser senador, vou trabalhar para mudar a legislação. Hoje a lei é discriminatória, condena apenas a mulher. Nunca ouvi falar de o homem ter sido responsabilizado pelo aborto. Normalmente, a mulher é pressionada a abortar pelo companheiro, namorado ou o marido. Neste caso, o homem é coautor, e precisa ser responsabilizado. A mulher no desespero acaba cometendo o crime”, opina.
Porte de Arma - Sobre o armamento, Carlos Fávaro defende que deve ser constitucional a todos os cidadãos. Mas antes disso, diz que é preciso que o Brasil passe por novo ciclo, as pessoas precisam ter responsabilidade e capacidade para portar uma arma. “Não dá para sair autorizando todo mundo sair com uma arma, daqui a pouco vamos ter um país sem lei e cheio de criminosos. Temos que primeiro passar por um período de adaptação, para ter uma arma é preciso passar por avaliação psicológica, capacitação e controle na venda de arma. Não dá para transferir responsabilidade, segurança é responsabilidade do Estado. Não dá para o Estado transferir reponsabilidade para o cidadão. Não quero sujar minhas mãos com sangue para proteger meu patrimônio. Segurança é dever do Estado. A arma para o cidadão é para num caso de extrema necessidade para se defender”, esclarece.
Eleições 2018 - Em Mato Grosso, o socialdemocrata assegura que o partido tem total autonomia, respeito da nacional e liberdade, para construir um arco de aliança que respeite os ideais partidários no nosso Estado. Quanto ao candidato à Presidência, a tendência é seguir com um candidato mais ao centro, provavelmente, ainda não houve convenção, mas apoiar o ex-governador Geraldo Alckmin.“O que é certo é que não vamos apoiar candidatos extremos, nem direita ou esquerda, porque acho que o extremo não é solução para o Brasil”.
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