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Política Sábado, 26 de Março de 2016, 21:04 - A | A

Sábado, 26 de Março de 2016, 21h:04 - A | A

Combate à Corrupção

Operações em MT levaram à prisão Silval Barbosa e mais 11 ex-membros de seu governo

Silval está preso há mais de seis meses no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC)

Redação VG Notícias com G1/MT

Desde maio de 2014, cinco operações foram deflagradas em Mato Grosso e resultaram na prisão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e mais 11 integrantes de sua equipe. Silval está preso há mais de seis meses no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC).

Balanço parcial das prisões preventivas decretadas pela Justiça estadual e federal mostra que as investigações das polícias Civil e Federal e do Ministério Público (estadual ou federal) sobre esquemas de corrupção no governo estadual tiveram como alvos integrantes de altos escalões da administração pública, como secretários, adjuntos e assessores, presidente de autarquia, procurador e chefe de gabinete.

Seis dos ex-assessores de Silval Barbosa seguem presos em Cuiabá por força de decisões judiciais. Um ex-membro do governo cumpre prisão domiciliar por motivos de saúde.

As investigações das operações “Ararath”, deflagrada pela Polícia Federal (PF), “Edição Extra”, deflagrada pela Polícia Civil, “Arqueiro”, do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) - vinculado ao Ministério Público (MP), “Sodoma”, da Delegacia Fazendária (Defaz) da Polícia Civil, e “Seven”, do Gaeco, foram as que culminaram na prisão do ex-governador e membros de seu staff.

As operações visam combater esquemas de corrupção envolvendo crimes como lavagem de dinheiro, fraude a licitações e extorsão, entre outros. Em alguns casos, ex-membros da equipe foram alvos de mais de uma operação.

Operações – Em maio de 2014, a Ararath foi uma das primeiras operações a prender o ex-secretário Éder Moraes, por crimes financeiros e lavagem de dinheiro. Eder ocupou mais de um cargo no primeiro escalão dos governos de Blairo Maggi (PR) e Silval Barbosa: Ele foi secretário-chefe da Casa Civil, titular da extinta Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa) e secretário de Fazenda, além de comandar a autarquia MT Fomento e o escritório de representação do Estado em Brasília.  Eder Moraes era considerado o “homem forte” nos dois governos.

Depois de maio de 2014, o ex-secretário chegou a ser preso pela segunda vez e posto em liberdade (sendo submetido a monitoramento por tornozeleira eletrônica), . O próprio Silval Barbosa também foi investigado na operação Ararath - sua residência foi alvo de mandado de busca e apreensão em maio de 2014, quando ele ainda estava no exercício do mandato. No episódio, ele chegou a receber voz de prisão por porte ilegal de arma.

Já a operação Edição Extra, em dezembro de 2014, foi responsável por prender dois membros da equipe de Silval Barbosa, o assessor especial da extinta Secretaria de Comunicação Elpídio Spiezzi Júnior e o secretário-adjunto da Secretaria de Administração (SAD) José Nunes Cordeiro.

Elpídio Spiezzi Júnior já obteve a liberdade. Já Cordeiro, que é coronel da Polícia Militar (PM), também foi investigado e preso nas operações Seven e Sodoma, neste ano. Foi devido a esta última operação que ele se entregou à Polícia Civil no dia 23, poucos dias após a Justiça ter revogado a prisão da operação Seven.

Por sua vez, a operação Arqueiro resultou na prisão da ex-primeira-dama do Estado e ex-titular da Secretaria de Trabalho e Assistência Social (Setas) Roseli Barbosa e do ex-chefe de gabinete de Silval Barbosa, Silvio César Correa Araújo, em agosto de 2015. 

A ex-primeira-dama deixou a prisão uma semana depois, mas o ex-chefe de gabinete (que também foi preso em 2010, na operação Jurupari), permanece preso. Desta vez, a prisão é por mandado expedido na operação Sodoma.

Esta operação, aliás, foi a responsável pelo maior número de prisões de membros da equipe de Silval Barbosa, decretadas pela Sétima Vara Criminal de Cuiabá. A primeira fase desta operação foi deflagrada em setembro de 2015 e prendeu o ex-governador e os ex-secretários Pedro Nadaf (Casa Civil e Indústria e Comércio) e Marcel de Cursi (Fazenda).

Posteriormente, a operação Sodoma provocou as prisões do ex-procurador do Estado, Chico Lima, dos ex-secretários de Administração César Zílio e Pedro Elias Domingos e do ex-chefe de gabinete Silvio César Correa Araújo (já mencionado). Desta terceira operação Sodoma, apenas  Zílio conseguiu  liberdade e comentam que por conta de ter feito delação premiada.

Por fim, a operação Seven também elevou o número de ex-integrantes da gestão de Silval Barbosa presos. Deflagrada em fevereiro, a operação teve cumprimento de mandados de prisão contra o ex-presidente do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), Afonso Dalberto e contra pessoas já presas até então, como o ex-governador, Pedro Nadaf e o coronel José Cordeiro. Em tratamento contra um câncer, Dalberto conseguiu prisão domiciliar pela Justiça.

Mensalão - O número de ex-secretários de Silval Barbosa presos ainda se elevaria a 12 se fosse contabilizada a prisão do ex-deputado federal pelo PP e ex-titular da Secretaria de Saúde estadual, Pedro Henry.

Henry foi preso após condenação do Supremo Tribunal Federal (STF) na ação penal referente ao esquema do Mensalão. Henry obteve o perdão da pena de sete anos e dois meses de prisão.
 

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