A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira a décima fase da operação Ararath para apurar o desvio de cerca de R$ 313 milhões em recursos públicos do Governo do Estado de Mato Grosso através da utilização de sistema financeiro clandestino.
Estão sendo realizadas 47 medidas de busca e apreensão e 18 conduções coercitivas, conforme decisão judicial expedida pela 5ª Vara Federal de Mato Grosso, nas cidades de Cuiabá, Brasília , Luziânia, São Paulo, Caraguatatuba, Curitiba e Itapema.
Também está sendo realizada a prisão preventiva de um investigado, que no período de 60 dias violou 92 duas vezes os termos da utilização de monitoração eletrônica (tornozeleira).
As investigações desta fase visam apurar a realização de pagamentos por parte do Governo do Estado em desacordo com as determinações legais a empreiteiras. Posteriormente, esses recursos eram destinados em favor de agentes públicos e empresários mediante a utilização de instituição financeira clandestina.
A análise de documentos apreendidos em fases anteriores em conjunto com outros elementos de prova, apontaram a utilização de complexas medidas de engenharia financeira praticadas pelos investigados com o objetivo de ocultar a real destinação dada a valores de precatórios pagos pelo Estado de Mato Grosso em nítida violação à ordem cronológica e determinações legais.
Os investigados nesta fase responderão pela prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, crimes contra o sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro, dentre outros que porventura venham a se confirmar.
Também foi expedida ordem de sequestro de bens e valores no total de R$ 313.165.011,26, com a finalidade de reparar os prejuízos causados aos cofres públicos.
Atualizadas ás 08h54 - O ex-secretário de Fazenda, Casa Civil, Éder de Moraes Dias, foi detido na manhã de hoje durante a Operação Ararath, deflagrada pela Polícia Federal em Mato Grosso. Ele teria violado 92 vezes os termos da utilização de monitoração eletrônica (tornozeleira). Advogados de Eder Moraes afirmam que o ex-secretário não foi preso por envolvimento no desvio de R$ 313 milhões.
O advogado Ulisses Rabaneda, falou em nome do seu cliente Vivaldo Lopes e disse que foram feitas 3 a 4 perguntas sobre os pagamentos dos precatórios, e Vivaldo disse que não trabalhava nessa área, por isso não podia responder.
Vivaldo Lopes foi encaminhado para a PF para esclarecer sobre o pagamento de precatórios. Ele disse que não atuava nessa área.
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