O presidente da Câmara de Cuiabá, vereador Misael Galvão (PSB) negou na manhã desta quinta-feira (03.10) qualquer intenção de protelar os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI do Paletó), e afirmou que os novos membros serão recolhidos por meio de voto, para evitar possíveis questionamentos.
Em entrevista coletiva, Misael disse que todos os seis vereadores que subscreveram a CPI do Paletó poderão se candidatar para compor a Comissão no lugar de Adevair Cabral (PSDB) e Mário Nadaf (PV). Ambos assinaram o pedido de abertura após o seu protocolo e foram designados relator e membro, o que levou à judicialização e posteriormente anulação da mesma. O vereador Marcelo Bussiki (PSB) deve permanecer como presidente.
Além de Bussiki os subscritores da Comissão foram: Felipe Wellaton (PV), Abílio Júnior (PSC), Joelson Amaral (PSC), Dilemário Alencar (PROS), Diego Guimarães (PP) e Toninho de Souza (PSD).
“Todos que subscreveram a CPI podem me procurar para se candidatar a vaga de membro e relator. Na reunião de hoje a tarde no Colégio Líderes vamos escolher novos membros de forma transparente. Não será o vereador Misael Galvão que vai chancelar quem irá ficar na Comissão. Vai ser no voto”, afirmou o socialista.
Segundo ele, escolhendo por meio de voto nenhum parlamentar, principalmente da oposição, poderá alegar falta de transparência no processo de escolha dos novos membros.
Sobre o Recurso impetrado na Justiça, o presidente da Casa de Leis garantiu que não é com intenção de “protelar” as investigações da CPI, mas apenas para esclarecer pontos que não ficaram “claros” na decisão sobre os trabalhos da Comissão, e como uma forma de garantir a “soberania” da Câmara.
“A CPI tramitará tranquila. Tomarei todos os cuidados na reabertura da CPI. Mas, na realidade o parlamento é um poder independente. Existem muitas dúvidas ainda e cabe recurso. Iremos usar todos os meios de Recurso cabíveis para esclarecer tudo”, finalizou.
Lembrando que CPI do Paletó irá investigar o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) por, quando deputado, suposto recebimento de dinheiro oriundo de propina delatado pelo ex-governador Silval Barbosa.
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