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Política Quarta-feira, 19 de Fevereiro de 2020, 09:46 - A | A

Quarta-feira, 19 de Fevereiro de 2020, 09h:46 - A | A

em oitiva

Na CPI do Paletó, Sílvio reafirma propina a Pinheiro e se diz traído por Zanatta

Lucione Nazareth/VG Notícias

Atualizado às 10h59 - O ex-chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa, Silvio César Corrêa, prestou depoimento na manhã desta quarta-feira (19.02) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI do Paletó) que investiga o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), por suposta quebra de decoro e obstrução da Justiça.

Silvio César foi responsável por gravar o prefeito Emanuel Pinheiro recebendo maços de dinheiro e os colocando no paletó. De acordo com ex-chefe de gabinete o dinheiro seria propina para que Emanuel Pinheiro apoiasse os projetos do Executivo na época em que era deputado estadual.

O vídeo foi utilizado pelo ex-governador Silval Barbosa em sua delação premiada junto à Procuradoria Geral da República (PGR). Emanuel Pinheiro nega as acusações.

Sílvio disse na CPI que o pagamento efetuado a Emanuel Pinheiro era de propina relacionado ao valor de cerca de R$ 600 mil relacionado as obras do MT Integrado. “Na época eu realizei cerca de 10 pagamentos de R$ 50 mil. Eu naquela época era muito pressionado pelos deputados para efetuar os pagamentos, então decidir gravar eles. A ideia de gravar foi minha por causa da pressão dos deputados”, declarou Sílvio.

Segundo ele, os pagamentos sempre foram feitos no seu gabinete no Palácio Paiaguás e na Assembleia Legislativa.

Sobre a gravação do ex-secretário de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), Alan Zanata, no qual Sílvio Corrêa alegou que o pagamento feito a Emanuel Pinheiro era de pesquisa eleitoral, o ex-chefe de gabinete declarou que não existia qualquer conversa neste sentido.

O ex-chefe de gabinete de Silval afirmou que procurou Zanatta para pedir dinheiro emprestado pelo fato de estar passando por problemas financeiros. Além disso, ele disse que não sabia que o ex-secretário tinha o gravado.

Sílvio revelou que não teve nenhum contato com Emanuel Pinheiro após deixar cadeia, e nem sofreu qualquer pressão do gestor ou de pessoas ligadas a ele.  

Ele reafirmou que o dinheiro repassado para Emanuel não era de pesquisa, como alegou o prefeito de Cuiabá, mas que em nenhum momento Pinheiro “pressionou” ele (Sílvio) ou ex-governador Silval para receber o suposto valor ilícito.

Voltando na gravação de Alan, Sílvio disse que o vídeo tinha intenção de prejudicar e até mesmo anular sua delação premiada no qual revelou o suposto esquema de pagamento de propinas aos deputados, como também prejudicar a delação de Silval.

No depoimento, Sílvio revelou que o ex-secretário Alan Zanatta na época da gravação emprestou R$ 6 mil para ele (Sílvio). “Eu me encontrei uma única vez, e ele me emprestou R$ 6 mil, mas ao chegar em casa só tinha R$ 5.700,00. Me senti traído pelo Alan. Ele estava ali como um amigo, eu abrindo meu coração. Me senti traído por ele pelo fato de poder prejudicar minha delação”, declarou o ex-chefe de gabinete.

Ele acrescentou: “Esta gravação do Alan foi para beneficiar o prefeito Emanuel Pinheiro. Ele era muito enfático ao falar do Emanuel e não falou dos demais deputados”, enfatizou Sílvio. 

Ele declarou que o ex-secretário estadual de Planejamento, Valdísio Juliano Viriato, tinha conhecimento sobre os pagamentos de propinas aos deputados estaduais.

O ex-chefe de gabinete de Silval negou a declaração do servidor da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Valdecir Cardoso de Almeida (responsável por instalar a câmera que gravou Pinheiro), de que o dinheiro recebido por Pinheiro de Sílvio era para pagamento de pesquisa eleitoral. “Ele não tinha conhecimento sobre propina aos deputados. A conversa era entre eu e o governador Silval. Eu era não sabia. Desconheço porque ele fez aquela declaração registrado em cartório”, contou Corrêa.

Ao final, Sílvio Cesar afirmou que está disposição da CPI do Paletó para esclarecer qualquer dúvida relacionado ao suposto recebimento de propina por parte de Emanuel Pinheiro.

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